quarta-feira, 11 de maio de 2011

Álcool continua em queda, mas gasolina fica ainda mais cara


Na semana passada, quem abasteceu com gasolina pagou, em média, R$ 2,914, alta de 0,83% em relação ao custo nos sete dias anteriores. A conta é feita com base em pesquisa em pouco mais de 8.700 postos em todo o país.
Já o litro do álcool recuou pela quinta semana seguida. De 1º a 7 de maio, custava, em média, R$ 2,304, retração de 0,90% na comparação com a semana imediatamente anterior.
Nas últimas quatro semanas, o litro da gasolina teve aumento de 4% nas bombas de todo o país, de acordo com levantamento da agência.
O preço do álcool recuou 2,37% em igual período.
Nos postos paulistas, o litro da gasolina ficou estável na semana passada. Era encontrado, em média, por R$ 2,818, preços semelhante ao da semana entre os dias 24 e 30 de abril.
Em quatro semanas, no entanto, a alta é de 4,72%.
O litro do álcool teve queda de 2,9% em uma semana, nos postos paulistas. Para abastecer com o combustível, os consumidores pagaram, em média, R$ 2,075 na semana passada.
Nas últimas quatro semanas, o litro do álcool ficou 5,12% mais barato nos postos de São Paulo.
RECUO NA USINA
Na semana passada, o álcool anidro, principal causador da alta da gasolina nas últimas semanas, devido à pouca oferta do combustível, recuou para R$ 1,8817 por litro, em média, na porta das usinas paulistas, segundo pesquisa Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O preço não inclui impostos.
Esse preço registrou queda de 21% em relação ao valor médio da semana passada.
Ao recuar para R$ 1,88 por litro na semana passado, o anidro --que vai misturado à gasolina-- esteve R$ 1 abaixo do pico registrado nesta entressafra, quando chegou a R$ 2,88 na usina.
Ou seja, o valor da gasolina já pode recuar R$ 0,25 por litro, uma vez que a mistura do anidro ao derivado de petróleo é de 25%.
O etanol hidratado, ao recuar para R$ 1,0651, caiu 20%.
O avanço da safra, e a consequente oferta maior de álcool, fez o preço do produto despencar nas usinas paulistas.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Furacoes

Os satélites meteorológicos fornecem uma grande quantidade de material de valor único para quem precisa de informações sobre a intensidade, posição e movimentos dos ciclones tropicais. Estas informações são utilizadas para previsão, análise e fornecem avisos importantes sobre ciclones tropicais em volta do mundo

Ciclones tropicais: Definição

Tratam-se de tempestades que se originam em latitudes tropicais; incluem depressões, tempestades tropicais, furacões, tufões, e ciclones. Estes vários tipos de tempestades são similares; sua principal diferença é ONDE se formam. FURACÕES (em inglês hurricane) são ciclones tropicais que ocorrem no Oceano Atlântico e a leste do oceano Pacífico Central. CICLONES é o termo mais específico que é freqüentemente utilizado para descrever ciclones tropicais que se formam no Oceano Índico e próximo da Autrália. Embora vamos falar mais especificamente de furacões (ciclones tropicais com ventos sustentados de pelo menos 120km/h) os conceitos podem ser igualmente aplicados para tufões ou ciclones.
 
A estação dos furacões.

            Os ciclones tropicais são mais prováveis de ocorrer em tempos específicos durante o ano. Por exemplo, na América do Norte, a estação dos furacões começa oficialmente entre 1 de Junho a 30 de Novembro. Contudo, a maioria dos furacões ocorre durante Agosto, Setembro, e Outubro, quando as águas dos oceanos tiveram tempo suficiente para aquecer. Os furacões que atingem os Estados Unidos são usualmente originários do Oceano Atlântico, do Mar do Caribe e do Golfo do México (entre 10oN a 30oN).
            Muitos furacões também se formam no Oceano Pacífico para fora da costa oeste da América do Norte e se movem para oeste em direção ao Pacífico central, embora muitas dessas tempestades podem fazer um círculo para trás e atingir a costa noroeste do México. Durante a estação de furacões, a região real de formação se move, estando ligeiramente a norte no começo da estação que no final da mesma. A estação de furacões no Oceano Pacífico central e leste, a estação de tufões no Pacífico oeste e a estação de ciclones no Oceano Índico e próximo da Austrália são ligeiramente diferentes.

A estrutura de um furacão.

            Um ciclone tropical é definido como um vórtice atmosférico com rotação ciclônica (horária no Hemisfério Sul e anti-horária no Hemisfério Norte) que varia de algumas centenas de kms até ~ 3.2 mil kms. Estão associados com um centro de baixa pressão e nuvens convectivas que estão organizadas em bandas espirais, com uma massa de nuvens convectivas sustentada no ou próxima ao centro. De forma diferente dos sistemas de latitudes médias, furacões e outros ciclones tropicais são tempestades sem frentes associadas. Mas como outras tempestades, são caracterizadas por uma baixa pressão central e ventos que sopram ciclonicamente em volta daquele centro.
            As pressões mais baixas no centro de um furacão tipicamente variam entre 920 a 980hPa. Furacões normalmente tem um olho na região central onde ar úmido está afundando em direção à terra. O olho pode chegar a 50km em diâmetro; desenvolve-se conforme o vento aumenta e espirala em torno do centro da baixa pressão. O olho de um furacão pode ser livre de nuvens ou ter uma cobertura de nuvens (conhecida como ‘cobertura de nuvens central densa – central dense overcast’) que produz muito menos chuva que as regiões ao redor. O tempo dentro do olho de um furacão pode ser calmo e agradável, freqüentemente fazendo com que as pessoas se enganem e acreditem que a tempestade já passou. Em muitos casos, as pessoas deixam seus abrigos durante a passagem do olho, pensando que a tempestade acabou, apenas para serem ‘cumprimentadas’ pela outra metade da tempestade. As Figuras 1 e 2 mostram o olho do furacão Ivan (categoria 5) que atingiu os Estados Unidos em 2004 e os detalhes do olho do furacão Emily. Notem como o olho é relativamente livre de nuvens mas circundado por uma parede de nuvens bastante espessas.

Fig. 1. Furacão Ivan (Categoria 5). Imagem GOES-VIS (13/09/2004)

            O ar flui dentro da base de um furacão e espirala em torno do olho da tempestade. Vapor de água no ar condensa, e uma espessa banda de nuvens se forma. Estas bandas são vistas como braços de nuvens que espiralam em torno da porção central da tempestade. Consistem de nuvens muito espessas e tempestades que podem ser muito violentas e trazer chuva muito pesada, ventos fortes e ocasionalmente tornados. Bandas de nuvens densas e linhas de tempestade podem ser claramente vistas nas Figs. 1 e 2, especialmente na parte sudeste e norte do furacão. Também associadas com um furacão estão as ‘marés de tempestade (storm surge)’,  que significam um aumento no nível da água nas regiões costeiras devido ao efeito combinado de ventos, ondas e pressão reduzida no centro da tempestade. Estas marés e os alagamentos associados constituem-se nos mais perigosos e mortais efeitos de um furacão.
            As velocidades do vento variam dentro de um furacão, atingindo um máximo logo fora do olho, em uma estrutura chamada de ‘parede do olho (eye wall)’. A parede do olho contém as chuvas mais pesadas também. Um furacão típico pode apenas ter 500km de diâmetro. Contudo, podem apresentar ventos que se aproximam de 320km/h, embora atingem mais tipicamente 160km/h., o que é forte o suficiente para arrancar telhados de edifícios e causar considerável estrago. Lembre-se que essas velocidades são ventos sustentados (isto é, constantes por um longo tempo)! As Figs. 3 e 4 mostram a estrutura vertical dos ventos em um furacão. A Fig. 3 mostra o exemplo do furacão Mitchel enquanto a Fig. 4 mostra uma média obtida para diversos furacões (veja legendas nas respectivas figuras). Se um furacão fosse simétrico e se não estivesse movendo, as velocidades dos ventos seriam aproximadamente consistentes nos dois lados do olho. Mas porque os furacões se movem, os ventos no lado direito do caminho do movimento tendem a ser mais fortes. Os ventos no lado esquerdo do olho tendem a ser mais fracos. Isto é porque os ventos são um resultado da combinação da velocidade de rotação e da velocidade na qual o furacão viaja.
  • Para pensar: Supondo um furacão no Atlântico Sul que fosse atingir o Brasil, haveria alguma modificação no lado do olho com maior intensidade de ventos em relação ao observado no HN?

 
Fig. 2. (superior) Furacão Ivan 13/09/2004, 20:00z . (inferior) “Close-up” no olho do furacão Emily.

            A estrutura da temperatura de um furacão é tal que o olho é mais quente que as regiões vizinhas em vários graus. Esta diferença em temperatura é uma característica muito importante no estudo da intensidade de um furacão, uma vez que tipicamente, quanto maior o gradiente de temperatura, mais intensa é a tempestade. Meteorologistas usam a curva de realce chamada de BD para observar o gradiente de temperatura nos topos das nuvens que circundam o olho das tempestades. Usando a curva de realce BD os topos mais frios aparecem em branco nas imagens e devem ser as regiões onde a tempestade é mais forte. Quanto maior o gradiente de temperatura entre o olho e a parede mais fria, mais violenta é a tempestade. Exemplo de uma imagem Infravermelho realçada (com cores) encontra-se na Fig. 5.

O cliclo de vida de um furacão:

            O desenvolvimento de um ciclone tropical ocorrerá apenas quando condições muito específicas existirem. Um furacão origina-se como um distúrbio tropical com ventos relativamente fracos, uma fraca área de pressão baixa, nebulosidade extensa e alguma precipitação. Muitos destes distúrbios existem em qualquer dado tempo nos trópicos, mas muito poucos evoluem para furacões uma vez que as condições requeridas para tal são muito específicas (veja Tabela.1). A principal fonte de energia é um ar quente e úmido sobre o oceano; portanto, requer oceanos com temperaturas quentes para se desenvolver. O ar sobre o oceano precisa também estar muito quente e úmido. Conforme o ar sobe através da tempestade, o vapor se condensa em água líquida. Cada gota de água que se condensa libera uma certa quantidade de energia, conhecida como calor latente, o qual é o principal combustível de um furacão. Se uma tempestade em desenvolvimento encontra águas mais frias ou terra, esta fonte de energia é perdida e a tempestade irá enfraquecer. Para um furacão se formar, os ventos em todas as altitudes precisam estar na mesma direção. O CISALHAMENTO DO VENTO refere-se à condição na qual a direção do vento e a velocidade mudam dentro dos 15km inferiores da atmosfera. Quando o cisalhamento do vento está presente, a tempestade freqüentemente não consegue se formar como um sistema organizado. Ocasionalmente, quando todas as condições requeridas estão presentes, um distúrbio tropical se desenvolve em uma depressão tropical, um sistema fechado de baixa-pressão. Conforme a pressão cai, os ventos em torno da baixa-pressão aumentam, mas permanecem menores que 60km/h. Para uma depressão atingir um estágio de tempestade tropical, uma rotação distinta precisa existir em torno da área central da baixa-pressão e os ventos precisam atingir velocidades entre 60 e 120km/h. Neste ponto, uma tempestade tropical recebe um nome. Para atingir um estágio de furacão precisa ter uma rotação pronunciada em torno do centro da baixa pressão e velocidades dos ventos de pelo menos 120km/h. Uma vez que a tempestade se transforma em um furacão, pode durar por vários dias; contudo, conforme fica mais velha encontra terra ou águas oceânicas frias e perde sua fonte de energia, e começa a enfraquecer. Pode então retornar ao grau de depressão tropical e, eventualmente, morrer, tornando-se uma área de fortes chuvas.

 
TABELA. 1  CONDIÇÕES PRECURSORAS DO DESENVOLVIMENTO DE UM CICLONE TROPICAL
 
  1. Temperaturas oceânicas de 27oC ou mais quentes
 
  1.  Ar úmido e muito quente
 
  1. Pouco cisalhamento vertical nos primeiros 15 km
 


Fig. 3. Perfil Vertical do vento no furacão Mitch em mph (conversão 1mph = 1.852 km/h e 1ft = 0.303m);

 Fig.4. Perfil vertical médio da velocidade do vento de várias tempestades. Tratam-se de velocidades do vento relativas ao que foi observado em 700hPa (que está aproximadamente em 3000m). A curva azul mostra a velocidade na parte mais externa do vórtice (124 furacões avaliados) enquanto a curva vermelha mostra a velocidade no olho do furacão (215 furacões analisados).
 
 
Fig. 5. Imagem Infravermelho realçada do Furacão Floyd. Em vermelho estão os topos mais frios.

Observando-se o desenvolvimento e estimando a intensidade de um furacão

            Em meteorologia por satélite, o desenvolvimento de um ciclone tropical é analisado estudando-se o padrão de nuvens e determinando como estes mudam com o tempo. Observações repetidas de um ciclone tropical fornecem informações da intensidade e do estágio de crescimento e decaimento de uma tempestade. A Fig. 6 mostra um modelo de desenvolvimento de um ciclone tropical, conforme observado por satélite. Este método de análise de intensidade está baseado no grau de espiralamento das bandas de nuvens. Os diagramas no topo do gráfico ilustram as mudanças dia-a-dia na forma das bandas da nuvem para cada fase típica da tempestade. O eixo vertical do gráfico mostra o “Tropical-number (T-number)” do ciclone. Este número é indicativo da intensidade da tempestade. Normalmente, um ciclone exibirá uma taxa de crescimento de 1 T-number por dia. A linha reta representa a mudança de intensidade e a taxa de crescimento típico de um furacão.

Fig. 7. Esquematização da evolução de uma tempestade tropical desde o estágio pré-tempestade ao de furacão, conforme seria visto por satélite. No canto esquerdo da figura estão indicadas as pressões no centro e as velocidades dos ventos mínimas para cada estágio.
 
A linha ondulada superposta ao gráfico representa o grau de variabilidade esperado da intensidade dia-a-dia.
            Este gráfico pode ser usado como um modelo conceitual para a estimativa da intensidade do furacão e a taxa de desenvolvimento do mesmo. Quando um ciclone observado mostra o mesmo crescimento diário na banda espiral como o diagrama mostra, a tempestade está se desenvolvendo a uma taxa de crescimento considerada típica. Se a banda curvada da espiral desenvolve-se mais rapidamente ou mais lentamente, a taxa de crescimento é considerada como rápida ou lenta, respectivamente.
            A pressão central associada e as velocidades dos ventos são observadas abaixo de cada T-number. O estágio inicial do desenvolvimento do ciclone tropical é primeiramente reconhecido quando as linhas de nuvens curvam e as bandas de nuvens definem um centro de um sistema de nuvem próximo ou dentro de uma camada de nuvem profunda. Este estágio refere-se ao estágio T1. O estágio T2 deve aparecer aproximadamente 24 horas depois. Quando as bandas espirais curvam-se pela metade em torno do centro do distúrbio,  o estágio de uma tempestade tropical fraca (T2.5) é atingido. O estágio mínimo de furacão (T4) é observado quando a banda de nuvens envolve completamente o centro. Uma vez que o olho é observado (T4.5), a continuação da intensificação está indicada por um aumento da definição do olho, aumento da cobertura de nuvens (mais uniforme ), ou  o envolvimento do olho na cobertura densa de nuvens.
            Enquanto as condições permanecerem favoráveis, um ciclone tropical deve atingir sua máxima intensidade quatro a seis dias após o estágio T1 ser observado. Este período de tempo varia de acordo com a direção em que o furacão está viajando. Para tempestades que viajam para norte (lembre-se que estamos falando dos furacões do Hemisfério Norte – na realidade, o movimento no Hemisfério sul seria para Sul, em direção as mais altas latitudes), a intensidade máxima é esperada em quatro dias (isto é válido para os furacões que atingem a região do Caribe). Um movimento de tempestade para noroeste (sudoeste no HS) é esperado atingir um máximo de intensidade em 5 dias, enquanto uma tempestade que se move para oeste é esperada atingir um máximo em 6 dias. Um furacão atingirá seu estágio de decaimento quando mover-se para fora da região onde temperaturas oceânicas são quentes o suficiente ou quando mover-se sobre a terra.
 Movimento e traçado dos furacões
             Monitorar e prever o movimento dos furacões é extremamente importante uma vez que furacões são muito destrutivos e podem matar muitas pessoas. Enchentes, ventos fortes, ondas oceânicas e tornados podem ser todos parte das forças destrutivas associadas a um furacão. Estudar o movimento de um furacão permite que áreas costeiras e navios no par sejam avisados em tempo para se prepararem para uma tempestade. A precisão desse monitoramento também é muito importante. Se as tempestades não são previstas de forma correta, pessoas podem ser pegas de surpresa. Se repetidos avisos de alerta de um furacão forem falsos ou imprecisos, os mesmos não serão mais tomados com seriedade pelas pessoas e estas passarão a ignorá-los.
            Após seu estágio inicial de desenvolvimento, um furacão mostra tipicamente seu primeiro movimento para oeste guiado pelos ventos alíseos. Os efeitos combinados de ventos predominantes e de Coriolis farão com que a tempestade comece a tomar uma direção para norte ou nordeste (sul ou sudeste no HS). Este caminho é bastante típico para os furacões no Hemisfério Norte, mas muitas tempestades não seguem esta trajetória clássica. Algumas movem erraticamente, algumas fazem um giro (‘loop’) e algumas movem-se em direções não-usuais.
            O uso de imagens de satélite, o traçado da posição de uma tempestade é aproximadamente direto quando um olho está presente. Quando o olho não pode ser discernível, é muito mais difícil localizar o centro da circulação porque esta se encontra provavelmente coberta por nuvens altas e de nível médio. Uma vez que a posição da tempestade está determinada, é feita uma carta de traçado do furacão, onde a data e o tempo da observação é anotado. A direção e velocidade do movimento do furacão podem ser freqüentemente estimadas em posições futuras aproximadamente previstas simplesmente pela extrapolação do caminho prévio.

Estudo de caso.

Dois estudos de caso serão discutidos aqui, o do furacão Andrew que devastou a Flórida em 1992 e o ciclone com características de furacão denominado Catarina que atingiu o Brasil em Maio de 2004.

            Um dos maiores furacões que atingiu os Estados Unidos foi o Andrew. Este furacão devastou a Flórida e a costa do Golfo da Luisiana. As seqüências de imagens mostradas indicam os estágios observados do Andrew.
 
 
Fig. 8 Estágio de Tempestade tropical (T3.5) indo para oeste-noroeste. A pressão central era de 1007mb e os ventos máximos sustentados eram de 60kt (nós) com rajadas de até 60kt. A tempestade tinha rotação pronunciada mas as nuvens não estavam totalmente fechadas e as bandas de nuvens eram estreitas. Imagem 21/08/92 1801UTC
OBS: CONVERSÃO 1 kt (NÓ) = 1.852 km/H (QUASE 1 PARA 2) 

Fig. 9. Andrew 22/08/92, 1831UTC. Neste ponto, tornou-se oficialmente um furacão por 9 horas (estágio T4). A espiral de nuvens indicava a circulação fechada e o olho começou a desenvolver. Pressão 974mb; max. Ventos sustentados: 85kt e rajadas: 105kt. Movimento para oeste.


Fig. 10. Nas próximas horas, Andrew continuou a se fortaleceu a uma taxa de 1-T por dia. Nesse ponto se aproxima das Bahamas. As espirais de nuvens aumentaram e o olho estava muito bem definido, indicando o estágio T5.5. Pressão central 930mb, ventos 115kt com rajadas de até 140kt, indo para a Flórida. 23/08/1992, 1401UTC (VIS)
             Antes de atingir a Flórida, o Andrew atingiu sua pressão mais baixa de 922mb (T6.5) no dia 23/08 às 18:00 UTC. Andrew causou muita destruição em uma vasta área. Quando passou por terra enfraqueceu consideravelmente.
 
Fig. 11.  Andrew já passou a Flórida e move-se para Noroeste. A pressão nesse ponto foi de 940mb. De volta às águas quentes do Caribe, o Andrew se intensificou.  Ventos sustentados = 120kt, com rajadas de 145kt.
 
Andrew se intensifica, forma novamente um olho e no dia 25 de agosto a pressão central era de ~ 940mb (T5.5). O olho tornou-se bastante desenvolvido novamente e um alto grau de espiralamento foi observado. O Andrew atingiu o continente  (chamado em inglês de “landfall”) na costa da Lousiana. Após esse estágio se enfraquece e no dia 26 de agosto a pressão sobe para  995 mb e os ventos caem para 45kt. Agora pode ser caracterizado como um tempestade tropical. No dia 27, tornou-se uma grande massa de nuvens e precipitação mas já bem enfraquecido que se incorporou a um sistema frontal (mostrado no CD).
 
A Figura 12 mostra outro exemplo de um furacão categoria 5 que atingiu a costa do Alabama. Este momento caracteriza o chamado “landfall” quando o olho atinge a costa.
 
Fig. 12. “Landfall” do furacão IVAN , 16/09/2004, 0645UTC (IV)

A Fig. 13 mostra uma seqüência de imagens infravermelho do GOES do furacão Roxane que atingiu a Península de Yucatan. Embora não tenha sido fornecida uma escala que converta temperatura para cores, notem como variam as estruturas dos topos das nuvens (cor amarela) com o tempo, as quais estão associadas com a porção mais severa da tempestade.
Fig. 13. Exemplo de  imagens no IV do furacão Roxane.

Por que ocorrem terremotos

Por que ocorrem terremotos
Os terremotos estão causando medo nas pessoas de vários países principalmente naqueles que são constantes os tremores de terras, não há uma maneira correta de saber quando é que eles vão ocorrer se fosse possível provavelmente não teríamos tantas catástrofes como vêm ocorrendo em diversos países. Até pouco tempo a trás os cientistas estudavam as hipóteses dos fenômenos e diziam não saber exatamente como ocorriam, até hoje ainda existem dúvidas a respeito disso só que agora o entendimento por conta destes fenômenos já é bem maior do que no passado, desde o século passado vêm ocorrendo grandes avanços com respeito aos terremotos e já de pode medir a intensidade com que acontecem em todos os lugares incluindo os mais fracos que quase não são sentidos, o próximo passo agora é tentar descobrir uma maneira de prever e poder evitar as catástrofes que são grandes principalmente em cidades com população grande onde vivem aglomeradas próximas uma das outras.
Os terremotos grandes normalmente afetam uma cidade inteira e não apenas partes dela como ocorre na maioria das vezes, vários fatores podem causar um terremoto como vulcões, impactos de meteoros, explosões que acontecem debaixo das placas subterrâneas e ainda quando acontecem desmoronamentos em minas. Como pudemos ver a maioria deles são causados naturalmente sem a intervenção do homem e pouco ouvimos falar sobre eles na televisão, pois normalmente ocorrem nas cidades poucas vezes e isso não significa que não existam em outros lugares o fato é que ocorrem todos os dias cada vez em um lugar diferente do planeta ou nos mesmos, como a maior parte das terras não são habitadas temos dificuldades em notar isso ainda mais nós que moramos aqui no Brasil e não podemos ver todos eles ocorrerem. De acordo com uma publicação feita por uma revista americana de nome United States Geological ocorrem mais de três milhões de terremotos por ano, nem todos trazem estragos à superfície. Alguns dos motivos clássicos para que os terremotos ocorram são explosões subterrâneas e também partes que estão separadas e se chocam no fundo da terra, normalmente estes fatos são simples para ocorrerem os terremotos.
No Brasil não ocorrem terremotos em grandes intensidades, mas vez ou outra alguns estados sentem tremores bem fracos que movimentam um pouco o solo, se você pensa quem estamos imunes a este acontecimento está enganado porque de acordo com estudos feitos por um Observatório de Simologia da Universidade de Brasília aqui no Brasil existiam muitos terremotos antes do país ser habitado totalmente como é. Se formos comparar os tremores que ocorrem nos Andes com os que acontecem no Brasil atualmente não teremos a mínima dúvida de que os daqui são simplesmente inofensivos, mas como nosso planeta vive em constante mudança temos chances de que um terremoto possa abalar nossas estruturas a qualquer momento, vamos torcer para que isso nunca ocorra e que o Brasil possa ser um país que fique sempre livre deste problema.

Feudalismo

O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.
Segundo o teórico escocês do Iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhas dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando para lá se dirigiam a fim de cuidar das terras do Senhor Feudal.

Características

O feudalismo tem suas origens no século IV a partir das invasões germânica (bárbaras) ao Império Romano do Ocidente (Europa).
As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado, economia baseada na agricultura de subsistência, trabalho servil e economia amonetária e sem comércio, onde predomina a troca (escambo).
Tudo isso só será modificado com os primeiros indícios das Revoluções Burguesas.

Origem do Feudalismo

Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), em decorrência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das péssimas políticas econômicas dos imperadores romanos, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e ínfimo desenvolvimento urbano.
O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras, ocorridas em diversas regiões da Europa, favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas e que alteraram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antiguidade principalmente na Europa Ocidental. Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo. O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque este sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngio, no século IX d.C.
Em suma, com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados). Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval, foi impossível unirem-se entre si e entre os descendentes de nobres romanos, que eram donos de pequenos agrupamentos de terra. E com as reformas culturais ocorridas nesse meio-tempo, começou a surgir uma nova organização econômica e política: o feudalismo.

Sociedade

A sociedade feudal era composta por três estamentos (mesmo que grupos sociais com status praticamente fixo, não se pode dizer que a mudança de classe social não existia, pois alguns camponeses tornavam-se padres e passavam a integrar o baixo clero, por exemplo, mas essa mudança era rara e um servo dificilmente ascenderia à outra posição): os Nobres (guerreiros, bellatores), o Clero (religiosos, oratores), e os servos (mão de obra, laboratores). O que determinava o status social era o nascimento. Havia também a relação de suserania entre os Nobres, onde um nobre (suserano) doa um feudo para um outro nobre (vassalo). Apresentava pouca ascensão social e quase não existia mobilidade social (a Igreja foi uma forma de promoção, de mobilidade).
  • O clero tinha como função oficial rezar. Na prática, exercia grande poder político sobre uma sociedade bastante religiosa, onde o conceito de separação entre a religião e a política era desconhecido. Mantinham a ordem da sociedade evitando, por meio de persuasão e criação de justificativas religiosas, revoltas e contratações camponesas.
  • A nobreza (também chamados de senhores feudais) tinha como principal função a de guerrear, além de exercer considerável poder político sobre as demais classes. O Rei lhes cedia terras e estes lhe juravam ajuda militar (relações de suserania e vassalagem).
  • Os servos da gleba constituíam a maior parte da população camponesa: estavam presos à terra, sofriam intensa exploração, eram obrigados a prestarem serviços à nobreza e a pagar-lhes diversos tributos em troca da permissão de uso da terra e de proteção militar. Embora geralmente se considere que a vida dos camponeses fosse miserável, a palavra "escravo" seria imprópria. Para receberem direito à moradia nas terras de seus senhores, juravam-lhe fidelidade e trabalho. Por sua vez, os nobres, para obterem a posse do feudo faziam o mesmo juramento aos reis.
  • Os Vassalos oferecem ao senhor ou suserano, fidelidade e trabalho em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

Economia e prosperidade

A produção feudal própria do Ocidente europeu tinha por base a economia agrária, de escassa circulação monetária, auto-suficiente. A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja, (o clero) e longínquos descendentes dos chefes tribais germânicos. As estimativas de renda per capita da Europa feudal a colocam em um nível muito próximo ao mínimo de subsistência.
A principal unidade econômica de produção era o feudo, que se dividia em três partes distintas: a propriedade individual do senhor, chamada manso senhorial ou domínio, em cujo interior se erigia um castelo fortificado; o manso servil, que correspondia à porção de terras arrendadas aos camponeses e era dividido em lotes denominados tenências; e ainda o manso comunal, constituído por terras coletivas - pastos e bosques - , usadas tanto pelo senhor quanto pelos servos.
Devido ao caráter expropriador do sistema feudal, o servo não se sentia estimulado a aumentar a produção com inovações tecnológicas, uma vez que tudo que produzia de excedente era tomado pelo senhor. Por isso, o desenvolvimento técnico foi pequeno, limitando aumentos de produtividade. A principal técnica adaptada foi a de rotação trienal de culturas, que evitava o esgotamento do solo, mantendo a fertilidade da terra.
Para o economista anarco-capitalista Hans Hermann Hoppe, como os feudos são supostamente propriedade do Estado (neste caso, representado pelos senhores feudais), o feudalismo é, consequentemente, considerado por ele como sendo uma forma de manifestação socialista - o socialismo aristocrático (servismo).

Tributos e impostos da época

As principais obrigações dos servos consistiam em:
  • Corveia: trabalho compulsório nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana;
  • Talha: parte da produção do servo deveria ser entregue ao nobre, geralmente um terço da produção;
  • Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do feudo, como o moinho, o forno, o celeiro, as pontes;
  • Capitação: imposto pago por cada membro da família (por cabeça);
  • Tostão de Pedro ou dízimo: 10% da produção do servo era pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local;
  • Censo: tributo que os vilões (pessoas livres, vila) deviam pagar, em dinheiro, para a nobreza;
  • Taxa de Justiça: os servos e os vilões deviam pagar para serem julgados no tribunal do nobre;
  • Formariage: quando o nobre resolvia se casar, todo servo era obrigado a pagar uma taxa para ajudar no casamento, regra também válida para quando um parente do nobre iria casar. Todo casamento que ocorresse entre servos deveria ser aceito pelo suserano. No sul da França, especificamente, o Senhor poderia ou não determinar que a noite de núpcias de uma serva seria para o usufruto dele próprio e não do marido oficial. Tal fato era incomum no restante da Europa, pois a igreja o combatia com veemência;
  • Mão Morta: era o pagamento de uma taxa para permanecer no feudo da família servil, em caso do falecimento do pai ou da família;
  • Albermagem: obrigação do servo em hospedar o senhor feudal caso fosse necessário.
Muitas cidades europeias da Idade Média tornaram-se livres das relações servis e do predomínio dos nobres. Essas cidades chamavam-se burgos. Por motivos políticos, os "burgueses" (habitantes dos burgos) recebiam frequentemente o apoio dos reis que, muitas vezes, estavam em conflito com os nobres. Na língua alemã, o ditado Stadtluft macht frei ("O ar da cidade liberta") ilustra este fenômeno. Em Bruges, por exemplo, conta-se que certa vez um servo escapou da comitiva do conde de Flandres e fugiu por entre a multidão. Ao tentar reagir, ordenando que perseguissem o fugitivo, o conde foi vaiado pelos "burgueses" e obrigado a sair da cidade. Desta maneira, o servo em questão tornou-se livre.

Ascensão e queda do sistema

O feudalismo europeu apresenta, portanto, fases bem diversas entre o século IX, quando os pequenos agricultores são impelidos a se proteger dos inimigos junto aos castelos, e o século XIII, quando o mundo feudal conhece seu apogeu, para declinar a seguir.
No século X, o sistema ainda está em formação e os laços feudais unem apenas os proprietários rurais e os antigos altos funcionários ou Ministeriais - administradores da propriedade feudal em nome de um senhor -, dos quais destacamos os Bailios (tomavam conta de uma propriedade menor) e os Senescais (supervisionavam os vários domínios de um mesmo senhor). Entre os camponeses existiam homens livres - os Vilões - com propriedades menores independentes. A monarquia feudal não apresenta a rigidez que caracterizaria o regime monárquico posteriormente e a ética feudal não está plenamente estabelecida.
Entretanto, a partir do ano 1000 até cerca de 1150, o Feudalismo entra em transformação: a exploração camponesa torna-se intensa, concentrada em certas regiões superpovoadas, deixando áreas extensas de espaços vazios; surgem novas técnicas de cultivo, novas formas de utilização dos animais e das carroças, o que permitiu a produção agrícola garantir um aumento significativo, surgindo, assim, a necessidade de comercialização dos produtos excedentes. Esse renascimento do comércio e o consequente aumento da circulação monetária, reabilita a importância social das cidades e suas comunas. Com as Cruzadas, esboça-se uma abertura para o mundo, quebrando-se o isolamento do feudo.
O restabelecimento do comércio com o Oriente Próximo e o desenvolvimento das grandes cidades, começam a minar as bases da organização feudal, na medida em que aumenta a demanda de produtos agrícolas para o abastecimento da população urbana. Isso eleva o preço dessas mercadorias, permitindo aos camponeses maiores fundos para a compra de sua liberdade. Não que os servos fossem escravos; com o excedente produzido, poderiam comprar de seus senhores lotes de terras e, assim, deixar de cumprir suas obrigações junto ao senhor feudal. É claro que esta situação poderia gerar problemas já que, bem ou mal, o servo vivia protegido dentro do feudo e, para evitá-los, tornavam-se comerciantes ou iam morar em burgos, dominados por outros tipos de senhores, desta vez, comerciais. Ao mesmo tempo, a expansão do comércio cria novas oportunidades de trabalho, atraindo os camponeses para as cidades.
Tais acontecimentos, aliados à formação dos exércitos profissionais — o Rei, agora, não dependeria mais dos serviços militares prestados por seus vassalos —, à insurreição camponesa, à peste, à falta de alimentos decorrente do aumento populacional e baixa produtividade agrária, contribuíram para o declínio do feudalismo europeu. Na França, nos Países Baixos e na Itália, seu desaparecimento começa a se manifestar no final do século XIII. Na Alemanha e na Inglaterra, entretanto, ele ainda permanece mais tempo, extinguindo-se totalmente na Europa ocidental por volta de 1500. Em partes da Europa central e oriental, porém, alguns remanescentes resistiram até meados do século XX, como, por exemplo, a Rússia, que só viria a se libertar dos resquícios feudais com a Revolução de 1917.

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Bacteriologia

Bacteriologia é uma ciência responsável por elucidar, estudar, documentar tudo acerca das bactérias (morfologia, bioquímica, genética, comportamento, fisiologia, ecologia…). Também é uma disciplina que compõe a grade curricular de alguns cursos na área da Ciência Biológica. - Espiroquetas: essas bactérias constituem um filo, o Spirochaetes. E seu nome, provavelmente, é por conta da forma espiralada que tem sua estrutura corporal. O movimento que realizam é ondulatório circulatório (normalmente em volta do próprio corpo). Alguns gêneros importantes fazem parte deste grupo, tais como: Borrelia (a espécie Borrelia burgdorferi causa a Doença de Lyme), Leptospira (a espécie Leptospira interrogans causa leptospirose), Treponema (a espécie Treponema pallidum causa sífilis) e Spirillum (a espécie Spirillum minus causa a Febre da Mordida Do Rato).
- Vibrião: é um organismo bacteriano que apresenta coloração Gram-negativa, forma aproximada de uma “vírgula”, móvel com um único flagelo e podem ser aeróbios ou anaeróbios. O vibrião mais conhecido é o causador da cólera, o Vibrio cholerae.
- Tiobactérias (sulfobacterias): esse tipo de bactéria utiliza compostos à base de enxofre para fazer a síntese de compostos orgânicos.
Leia mais:

Doenças causadas por Bactérias

As bactérias causam muitas doenças em seres humanos e animais, desde pequenas cáries até grandes infecções que podem levar à morte. Veja abaixo uma lista das principais bacterioses:

  • Cárie – infecções nos dentes por bactérias, devido à falta de higiene bucal.
  • Clamídia – uma DST, causada pela Chlamydia trachomatis.
  • Coqueluche - causada Bordetella pertussis, seu principal sintoma é a tosse contínua e muito dolorosa.
  • Cólera – a doença da bactéria Vibrio Cholerae causa forte diarreia, e é transmitida pela água contaminada.
  • Diarreia – é o excesso de água nas fezes, deixando-a muito mole.
  • Disenteria  – infecção intestinal por bactérias do gênero Shigella, causando diarreia.
  • Difteria -causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, causou a morte de várias pessoas em epidemias.
  • Doença de Lyme – infecção pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada do carrapato.
  • Doença de Whipple – infecção causada pela bactéria Tropheryma whipplei.
  • Doença do Sono – doença causada pela bactéria Trypanosoma brucei.
  • Donovanose – uma DST
  • Erliquiose ou Erlichiose – doença que acomete os cães, causada pela Ehrlichia canis.
  • Escarlatina
  • Faringite – é a inflamação da Faringe; causada por diversas espécies de bactérias.
  • Febre Maculosa – causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida pelo carrapato.
  • Febre Tifóide – causada pelo microorganismo Salmonella typhi, devido principalmente à falta de saneamento.
  • Gardnerella – causada pela Gardnerella vaginalis.
  • Gastrite – inflamação da parede do estômago, devido à destruição da mucosa gástrica que o protege.
  • Gonorréia – é uma DST causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Também chamada de Blenorragia.
  • Impetigo – infecção na pele causada por estafilococos e estreptococos.

  • Lepra (hanseníase) – infecção da pela pela bactéria Mycobacterium leprae.
  • Leptospirose – transmitida principalmente por ratos e animais domésticos contaminados.
  • Listeriose – doença causada pela bactéria Listeria monocytogenes.
  • Listeriose em Ruminantes
  • Melioidose – doença altamente letal provocada pela bactéria Burkholderia pseudomallei.
  • Meningite – a meningite bacteriana é a forma mais grave desta doença.
  • Mormo – também chamada de lamparão, ataca equídeos e humanos, causada pela Burkholderia mallei.
  • Pasteurelose – ou cólera aviária, é uma doença que ataca as aves.
  • Peste negra (peste bubônica) – causada pelo Yersinia pestis, matou milhões de pessoas na Idade Média.
  • Pielonefrite – infecção nos rins.
  • Pneumonia – infecção causada por microorganismos no pulmão.
  • Psitacose
  • Salmonelose – enfermidade causada pela Salmonella enterica. É contraída pela ingestão de alimentos infectados.
  • Shigelose – doença causada pelas bactérias do gênero Shigella, tem como sintoma diarréia sanguinolenta.
  • Sífilis – doença sexualmente transmissível, causada pelo Treponema pallidum.
  • Sinusite – bactérias e outros microorganismos podem infeccionar as cavidades nasais, originando a doença.
  • Terçol – infecção nas pálpebras
  • Tétano – doença adquirida pelo contato com objetos contaminados. Pode levar à morte.
  • Tosse dos Canis – infecção respiratória causada pelo Bordetella bronchiseptica, que ataca os cães.
  • Tracoma – a bactéria Chlamydia trachomatis causa a infecção das pálpebras e conjuntivas, podendo levar à cegueira.
  • Tuberculose – causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é uma das doenças mais antigas conhecidas.
  • Tularemia – doença causada pela Francisella tularensis.

reino monera

O reino monera é composto pelas bactérias e cianobactérias (algas azuis). Elas podem viver em diversos locais, como na água, ar, solo, dentro de animais e plantas, ou ainda, como parasitas.
As bactérias
A maioria se seus representantes são heterótrofos (não conseguem produzir seu próprio alimento), mas existem também algumas bactérias autótrofas (produzem sem alimento, via fotossíntese por exemplo).
Existem bactérias aeróbias, ou seja, que precisam de oxigênio para viver, as anaeróbias obrigatórias, que não conseguem viver em presença do oxigênio, e as anaeróbias facultativas, que podem viver tanto em ambientes oxigenados ou não.
As formas físicas das bactérias podem ser de quatro tipos: cocos, bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos, podem se agrupar, e formarem colônias. Grupos de dois cocos formam um diplococo, enfileirados formam um estreptococos, e em cachos, formam um estafilococo.

Por serem os seres vivos mais primitivos da Terra, eles também são os que estão em maior número. Por exemplo, em um grama de solo fértil pode haver 2,5 bilhões de bactérias, 400 mil fungos, 50 mil algas e 30 mil protozoários.
Estrutura celular
As bactérias não tem núcleo organizado, elas são procariontes, ou seja, o DNA fica espalhado no citoplasma, não possuem um núcleo verdadeiro . Por isso, o filamento de material genético é fechado (plasmídeo), sem pontas, para que nenhuma enzima comece a digerir o DNA. Possuem uma parede celular bastante rígida.
Para se locomoverem, as bactérias contam com os flagelos, que são pequenos sílios que ficam se mexendo, fazendo a bactéria se mover (igual ao espermatozóide humano, só que muito mais simples). Também podem possuir Fímbrias, que são microfibrilhas protéicas que se estendem da parede celular. Servem para “ancorar” a bactéria. Existem também as fímbrias sexuais, que servem para troca de material genético durante a reprodução e também auxiliam as bactérias patogênicas (parasitas) a se fixarem no hospedeiro.
A Cápsula, camada que envolve externamente a bactéria, formada por polissacarídeos, serve para a alimentação (fagocitose), proteção contra desidratação, e também para que o sistema imunológico hospedeiro (no caso das parasitas) não a reconheça.
Reprodução
A reprodução das bactérias ocorre de forma assexuada, feita por bipartição (divisão binária, ou cissiparidade), onde a célula bacteriana cresce, têm seu material genético duplicado, e então, a célula se divide, dando origem a outra bactéria, geneticamente igual à outra.
A variabilidade genética das bactérias é feita de três formas: conjugação, que consiste em uma bactéria transferir material genético para outra, e vice-versa, através das fímbrias; transdução: é a troca de genes feita através de um vírus, que invade uma célula, incorpora seu material genético, e o transmite para outras células; transformação: as bactérias podem incorporar ao seu DNA fragmentos de materiais genéticos dispersos no ambiente.
As bactérias também podem originar esporos, em condições ambientes desfavoráveis à reprodução (altas ou baixas temperaturas, presença de substâncias tóxicas, etc). Eles são pequenas células bacterianas, com uma parede celular espessa, pouca água e um material genético. Elas são capazes de ficarem milhares de anos nestes ambientes, esperando por uma condição do ambiente melhor.
A importância das bactérias
As bactérias também têm sua importância no meio ambiente, assim como qualquer ser vivo.
- Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, devolvendo ao ambiente moléculas e elementos químicos reutilizáveis por outros seres vivos.
- Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas indústrias para produzir iogurte, queijo, etc (derivados do leite)
- Indústria farmacêutica: na fabricação de antibióticos e vitaminas
- Indústria química: na produção de alcoois, como metanol, etanol, etc;
- Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se fazer produtos de interesse dos seres humanos, como insulina
- Fixação do Nitrogênio: retiram o nitrogenio do ar e o fixa no solo, servindo de alimentação para as plantas.