quinta-feira, 4 de outubro de 2012

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Anne Frank

Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929Bergen-Belsen, Março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela se tornou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amsterdã, nos Países Baixos. Sua família se mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazistas ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território neerlandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne passou a se esconder em julho de 1942, abrigando-se em cômodos secretos de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário suas intimidades e também o cotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido revelou o esconderijo às autoridades nazistas. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amsterdã depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne em seu aniversário de 13 anos, narra sua vida de 12 de junho de 1942 até 1 de agosto de 1944. É, atualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.

Infância

Anne Frank nasceu em 12 de junho de 1929 em Frankfurt am Main, na Alemanha, que, naquele momento, vivia um período político democrático conhecido como República de Weimar. Anne Frank, como ficou conhecida, era a segunda filha do casal Otto Frank (1889 - 1980) e Edith Frank-Holländer (1900 - 1945). Margot Frank (1926 - 1945) era a sua irmã, três anos mais velha.[2] Os Frank eram uma família de judeus liberais, que não seguiam todos os costumes e tradições do judaísmo e viviam em uma comunidade de cidadãos judeus e não judeus de várias religiões. Edith Frank era a mais devota da família, enquanto Otto Frank estava interessado em atividades acadêmicas e tinha uma extensa biblioteca. Os pais incentivaram as crianças a ler desde cedo.

Em 13 de março de 1933, foram realizadas eleições para o conselho municipal de Frankfurt e o partido nazista de Adolf Hitler sai vitorioso. Manifestações antissemitas ocorreram quase que imediatamente e a família Frank começou a temer o que aconteceria a eles se permanecessem na Alemanha. Mais tarde, naquele mesmo ano, Edith e as crianças foram para Aquisgrano, onde ficaram com a mãe de Edith, Rosa Holländer. Otto Frank permaneceu em Frankfurt, mas depois de receber uma oferta para iniciar uma empresa em Amsterdã, mudou-se para lá a fim de organizar o negócio da vida e arranjar muito dinheiro e acomodações para a família.[5] Os Frank estavam entre os cerca de 300 000 judeus que fugiram da Alemanha entre 1933 e 1939.
Edifício de apartamentos onde Anne Frank morou entre 1934 e 1942.

Otto Frank começou a trabalhar na Opekta, uma empresa que vendia um extrato de fruta chamado pectina e encontrou um apartamento na praça Merwede, em Amsterdã. Em fevereiro de 1934, Edith e as crianças chegaram em Amsterdã e as duas meninas foram matriculadas na escola: Margot em escola pública e Anne em uma escola montessoriana. Margot demonstrava habilidade em aritmética enquanto que Anne mostrava aptidão para a leitura e escrita. Sua amiga Hanneli Goslar depois lembrou que, desde a infância, Anne escrevia frequentemente, embora ela não permitisse aos outros que lessem e se recusasse a discutir o conteúdo da sua escrita. As irmãs Frank tinham personalidades altamente distintas: Margot era bem-educada, reservada e estudiosa, enquanto Anne era franca, enérgica e extrovertida.

Em 1938, Otto Frank fundou uma segunda empresa, a Pectacon, que foi uma atacadista de ervas, sais de decapagem e de mistura de especiarias, os quais eram utilizados na produção de salsichas.Hermann van Pels foi empregado da Pectacon como um especialista em temperos. Ele era um açougueiro judeu, que havia fugido de Osnabrück, na Alemanha, com sua família. Em 1939, a mãe de Edith passou a viver com os Franks e permaneceu com eles até sua morte em janeiro de 1942.

Em maio de 1940, a Alemanha invadiu os Países Baixos e o governo de ocupação começou a perseguir os judeus através da aplicação de leis restritivas e discriminatórias, como o registro obrigatório e posterior segregação. As irmãs Frank iam bem em seus estudos e tinham muitos amigos, mas, com a introdução de um decreto que determinava que crianças judias poderiam se matricular apenas em escolas judaicas, elas tiveram que se matricular no liceu Judaico. Em abril de 1941, Otto Frank tomou algumas medidas importantes para evitar que sua empresa, a Pectacon, fosse confiscada pelo governo por ser uma empresa de propriedade judaica. Ele transferiu suas ações da Pectacon para Johannes Kleiman e renunciou ao cargo de diretor. A empresa foi liquidada e todos os activos transferidos para Gies and Company, comandada por Jan Gies. Em dezembro de 1941, ocorreu um processo semelhante para salvar a Opekta. Os negócios continuaram, apesar desta pequena mudança, e permitiram a sobrevivência de Otto Frank, que passou a ganhar uma renda mínima, mas suficiente para sustentar sua família.


Antes de ir para o esconderijo

No seu 13º aniversário, em 12 de junho de 1942, Anne Frank ganhou de presente um livro que ela tinha mostrado a seu pai em uma vitrine alguns dias antes. Embora originalmente fosse um livro de autógrafos, com uma estampa xadrez em vermelho e verde e com um pequeno cadeado na parte da frente, Anne decidiu que iria usá-lo como diário e começou a escrever nele quase que imediatamente. Enquanto muitas de suas observações de início descrevessem os aspectos mundanos de sua vida, ela também descreveu algumas das mudanças que ocorreram nos Países Baixos desde a ocupação alemã. Em sua entrada datada de 20 de junho de 1942, ela enumerou muitas das restrições que haviam sido colocadas sobre a vida da população judaica neerlandesa e observou, também, o pesar que sentia pela morte de sua avó no início deste mesmo ano.
Anne sonhava em ser jornalista. Ela também adorava assistir filmes, mas os judeus neerlandeses foram proibidos de ter acesso às salas de cinema a partir de 8 de janeiro de 1941.
Em julho de 1942, Margot Frank recebeu uma carta do Jüdische Zentralstelle für Auswanderung (Escritório Central de Emigração Judaica). Era um aviso prévio, ordenando que ela fosse para um dos Campos de concentração nazistas. Otto Frank então revelou à família seus planos prévios para que eles fossem se esconder em uma espécie de anexo secreto atrás de sua empresa, na rua Prinsengracht, uma rua junto a um dos canais de Amesterdã, onde alguns de seus empregados mais confiáveis os ajudariam. A carta de Margot os forçou a se mudar algumas semanas mais cedo do que ele tinha previsto.

A vida no anexo secreto

Na manhã do dia 6 de julho de 1942, uma segunda feira, a família mudou-se para seu esconderijo, um anexo secreto. O apartamento deles foi deixado em um estado de desordem para criar a impressão de que tinham partido repentinamente. Otto Frank também deixou uma nota que insinuava que eles estavam indo para a Suíça. A necessidade de sigilo os forçou a deixar para trás o gato de Anne, Moortje. Como os judeus não estavam autorizados a utilizar os transportes públicos, eles andaram vários quilómetros, cada um deles vestindo várias camadas de roupa, pois não podiam ser vistos carregando bagagem. O Achterhuis (a palavra neerlandesa que denota a parte traseira de uma casa, traduzido como "anexo secreto") era um espaço de três andares, com entrada a partir de um patamar acima dos escritórios da Opekta. Duas salas pequenas, com um banheiro contíguo ficavam no primeiro nível, acima de um maior espaço aberto, com uma pequena sala ao lado. A partir desta sala menor, uma escada levava ao sótão. A porta para o Achterhuis foi, posteriormente, coberta por uma estante de livros para garantir que ele permanecesse oculto. O edifício principal, situado a uma quadra da Westerkerk ("igreja do oeste"), era o tipo de edifício típico dos bairros ocidentais de Amsterdã.
Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl trabalhavam no escritório, e era os únicos que sabiam dos moradores escondidos, juntamente com o marido de Gies, Jan Gies e o pai de Voskuijl, Johannes Hendrik Voskuijl. Eles também foram os "ajudantes" dos moradores do anexo secreto no período de confinamento. Estes eram a única ligação entre o mundo exterior e os ocupantes da casa. Eles os mantinham informados das notícias da guerra e seus desdobramentos políticos, atendiam todas as suas necessidades, garantido a sua segurança, e lhes forneciam alimentos, uma tarefa que ficou mais difícil, quando a guerra foi avançando. Anne Frank escreveu sobre a dedicação e os esforços dos amigos para elevar a moral dentro da casa durante os períodos mais perigoso. Todos estavam cientes de que, se pegos, os ajudantes poderiam ser condenados a pena de morte por abrigar judeus.
Em 13 de julho de 1942, a família van Pels se juntou aos Frank no confinamento: Hermann, Auguste e Peter de 16 anos de idade. E, em seguida, em novembro, foi a vez de Fritz Pfeffer, um dentista amigo da família, também ir para o abrigo. Anne escreveu de seu prazer em ter novas pessoas para conversar, mas logo tensões se desenvolveram dentro do grupo, que fora forçado a viver em tais condições de confinamento. Depois de dividir o quarto com Pfeffer, ela descobriu que ele era insuportável, e se ofendeu com sua intrusão. Ela também entrou em choque com Auguste van Pels, quem ela considerava uma mulher tola e rabugenta. Ela considerava Hermann van Pels e Fritz Pfeffer egoístas, particularmente no que diz respeito à quantidade de alimentos consumidos. Algum tempo depois, após não ter se dado bem com o tímido e desajeitado Peter, eles começaram a se entender, e até começaram um romance. Seu primeiro beijo foi com Peter, mas sua paixão por ele começou a diminuir quando ela questionou se os seus sentimentos por ele eram genuínos, ou resultado do confinamento compartilhado. Anne Frank criou um vínculo estreito com cada um dos ajudantes e Otto Frank relembrou mais tarde que ela ficava entusiasmada com as visitas. Ele ainda observou que Anne era muito amiga de Bep Voskuijl: "A jovem datilógrafa ... As duas muitas vezes ficavam sussurrando pelos cantos."
No seu texto, Anne Frank examinou seus relacionamentos com os membros de sua família, e as fortes diferenças de personalidades. Ela se considerava a filha mais próxima emocionalmente de seu pai, que depois comentou: "Eu tinha um melhor relacionamento com Anne do que com Margot, que era mais apegada à mãe. A razão para isso pode ter sido o fato de Margot raramente mostrar seus sentimentos e não precisar de tanto apoio porque não sofria as mudanças de humor de Anne." As irmãs Frank começaram uma relação mais estreita do que tinham antes de se esconderem, embora Anne às vezes expressasse ciúmes em relação a Margot, particularmente quando os moradores do esconderijo criticavam Anne por não ter a natureza gentil e plácida de Margot. Com o amadurecimento, as irmãs foram capazes de confiar mais uma na outra. Em 12 de janeiro de 1944, Anne escreveu, "Margot está muito melhor... Ela não está tão hostil esses dias e está se tornando uma verdadeira amiga. Ela não me vê mais como um bebê."
Anne também escreveu frequentemente sobre seu difícil relacionamento com a mãe e de sua ambivalência em relação a ela. Em 7 de novembro de 1942, ela descreveu seu "desprezo" por sua mãe e sua incapacidade de "enfrentá-la com o seu descuido, seu sarcasmo e sua dureza de coração", antes de concluir: "Ela não é uma mãe para mim." Mais tarde, como ela retrata no diário, Anne sentiu-se envergonhada da sua atitude severa, escrevendo: "Anne, é você mesma falando de ódio? Ah, Anne, como pôde?". Ela veio a entender que suas diferenças resultaram de mal-entendidos que foram tanto culpa dela como da mãe, e viu que tinha escrito coisas ruins de sua mãe desnecessariamente, que a mãe também sofria com a situação. Com essa percepção, Anne começou a tratar a mãe com um grau de tolerância e respeito.
As irmãs Frank queriam voltar para a escola assim que pudessem, e continuaram com os estudos enquanto estavam escondidas. Margot entrou em um curso por correspondência no nome de Bep Voskuijl, e recebeu notas altas. A maior parte do tempo Anne passou lendo e estudando, e ela regularmente escrevia em seu diário, e editava-o. Além de fornecer uma narrativa dos acontecimentos da época, Anne também escreveu sobre seus sentimentos, crenças e ambições, assuntos esses que ela não podia/se sentia segura para discutir com ninguém. Com o crescimento da confiança em sua escrita, e seu próprio amadurecimento, ela começou a escrever sobre assuntos mais abstratos, tais como sua crença em Deus e como ela definia a natureza humana.

Prisão

Na manhã de 4 de agosto de 1944, o anexo secreto foi invadido pela Polícia de Segurança Alemã (Grüne Polizei) em consequência da denúncia de um informante que jamais foi identificado.[13] Liderados pelo oberscharführer da Schutzstaffel Karl Silberbauer do Sicherheitsdienst, o grupo incluiu pelo menos três membros da Polícia de Segurança. Anne Frank, sua família, além dos van Pelses e de Pfeffer foram levados para a sede Gestapo, onde foram interrogados e detidos durante a noite. Em 5 de agosto, foram transferidos para a Huis van Bewaring (Casa de Detenção), uma prisão superlotada na Weteringschans. Dois dias depois, eles foram transportados para Westerbork. Aparentemente um campo de trânsito, por esta altura mais de 100.000 judeus haviam passado por tal lugar. Por serem presos em um esconderijo, eles eram considerados criminosos e foram enviadas para o Quartel de Punição para trabalhos braçais.[14]
Victor Kugler e Johannes Kleiman foram presos e encarcerados no campo penal para os inimigos do regime em Amersfoort. Kleiman foi libertado depois de sete semanas, mas Kugler passou por vários campos de trabalho até que a guerra chegasse ao fim.[15] Miep Gies e Bep Voskuijl foram interrogados e ameaçados pela Polícia de Segurança, mas não foram detidos. Eles voltaram para o anexo secreto no dia seguinte, e encontraram os papéis de Anne espalhados pelo chão. Eles guardaram os relatos de Anne, bem como vários álbuns de fotografia de familiares, e Gies resolveu devolvê-los a Anne depois da guerra. Em 7 de agosto de 1944, Gies tentou negociar a libertação dos prisioneiros, oferecendo dinheiro a Karl Silberbauer para intervir no caso, mas ele recusou

Deportação e morte

Em 3 de setembro de 1944, o grupo foi deportado para o que seria o último transporte de Westerbork para o campo de concentração de Auschwitz, e chegou após uma viagem de três dias. No caos que marcou o desembarque dos trens, os homens foram forçosamente separados das mulheres e crianças, e Otto Frank foi arrancado de sua família. Dos 1.019 passageiros, 549, incluindo todas as crianças menores de quinze anos foram enviadas diretamente para a câmara de gás. Anne tinha completado 15 anos 3 meses antes, e foi uma das pessoas mais jovens a ser poupada no seu transporte. Eles ficaram cientes de que a maioria das pessoas eram enviadas para as câmaras de gás na chegada, e nunca se soube se o grupo inteiro do Achterhuis sobreviveu a esta seleção. Anne pensou que o pai dela, em meados de seus cinquenta anos, e particularmente não muito forte, tinha sido morto logo depois que eles foram separados.
Com as mulheres não selecionadas para a morte imediata, Anne foi forçada a ficar nua para ser desinfectada; teve sua cabeça raspada e foi tatuada com um número de identificação no braço. De dia, as mulheres eram usadas em trabalhos escravos, e Anne foi obrigada a transportar rochas e rolos de cavar de sod; à noite, eram amontoadas em quartos superlotados. Algumas testemunhas, mais tarde, declaram que Anne tornou-se uma garota acanhada e chorava quando via as crianças sendo levadas para as câmaras de gás; outros relataram que por muitas vezes ela demonstrou força e coragem, e que sua natureza sociável e confiante que lhe permitiram obter excedentes de pão e rações para a sua mãe, irmã e si mesma. Em pouco tempo a pele de Anne ficou infectada pela sarna, uma doença endêmica. As irmãs Frank foram transferidas para uma enfermaria que estava em um estado de escuridão constante, e infestada de ratos e camundongos. Edith Frank parou de comer, salvando cada pedaço de comida para suas filhas e passando a comida para elas, através de um buraco que fez na parte inferior da parede da enfermaria.
Em 28 de Outubro, A SS começou a transferir as mulheres para Bergen-Belsen. Mais de 8.000 mulheres, incluindo Anne e Margot Frank e Auguste van Pels, foram transportadas, mas Edith Frank foi deixada para trás e depois morreu de inanição. Tendas foram erguidas em Bergen-Belsen, para acomodar o fluxo de presos, e como a população aumentou, o número de mortes devido à doença também aumentou rapidamente. Anne encontrava-se brevemente com duas amigas, Hanneli Goslar e Nanette Blitz, que foram confinadas em uma outra seção do acampamento. Goslar e Blitz sobreviveram à guerra e depois descreveram breves conversas que tinham realizado com Anne através de uma cerca. Nanette descreveu que ela estava careca, magra, e tinha calafrios e Hanneli tinha observado que Auguste van Pels foi com Anne Frank cuidar da irmã desta, Margot Frank, que estava gravemente doente. Nenhum deles viu Margot, pois estava fraca demais para sair de seu beliche. Anne disse a Hanneli e Nanette que acreditava que seu pais foram mortos, e por isso não queria mais viver. Hanneli mais tarde descreveu que seus encontros acabaram no final de janeiro ou início de fevereiro de 1945.
Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo acampamento e matou cerca de 17.000 prisioneiros. Testemunhas disseram que Margot caiu de sua cama em seu estado debilitado e foi morta pelo choque, e alguns dias depois, Anne morreu também. Eles afirmam que isso ocorreu poucas semanas antes do campo ser libertado por tropas britânicas em 15 de abril de 1945, embora as datas exatas não foram registradas. Depois da libertação, o acampamento foi queimado em um esforço para impedir a propagação da doença, e Anne e Margot foram enterrados em uma vala comum. O paradeiro exato é desconhecido.
Após a guerra, foi estimado que, dos 108.000 judeus deportados da Holanda entre 1942 e 1944, apenas 5.000 sobreviveram. Também foi estimado que 30.000 judeus permaneciam na Holanda, com muitas pessoas auxiliado pelo movimento secreto de resistência holandês. Aproximadamente dois terços deste grupo de pessoas sobreviveram à guerra.
Otto Frank sobreviveu ao confinamento em Auschwitz. Após o término da guerra, ele voltou para Amsterdã, onde foi auxiliado por Jan e Miep Gies a tentar localizar sua família. Ele soube da morte de sua esposa, Edith, em Auschwitz, mas ele manteve-se esperançoso de que suas filhas teriam sobrevivido. Depois de várias semanas, ele descobriu que Margot e Anne também haviam morrido. Ele tentou determinar o destino das filhas de seus amigos e descobriu que muitas tinham sido assassinadas. Susanne Ledermann, frequentemente mencionada em o diário de Anne, foi enviada para uma câmara de gás, juntamente com seus pais, apesar de sua irmã, Barbara, uma grande amiga de Margot, ter sobrevivido. Vários colegas de escola de Anne haviam sobrevivido, assim como alguns membros da família de Otto e Edith Frank, que haviam fugido da Alemanha em meados dos anos 1930, estabelecendo-se na Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

O Diário de Anne Frank

Publicação

Em julho de 1945, depois da Cruz Vermelha confirmar as mortes das irmãs Frank, Miep Gies deu a Otto Frank o diário, junto com um maço de notas soltas que ela tinha guardado na esperança de devolvê-los a Anne. Otto Frank comentou mais tarde que ele não tinha percebido que Anne tinha mantido como precisos e bem escritos gravar uma parte do seu tempo na clandestinidade. Em sua autobiografia, ele descreveu o processo doloroso de ler o diário, que reconhece os acontecimentos descritos e lembrando que ele já tinha ouvido alguns dos episódios mais divertidos lidos em voz alta por sua filha. Ele também notou que ele viu pela primeira vez o lado mais privado de sua filha, e as seções do diário que ela não tinha discutido com ninguém, notando: "Para mim foi uma revelação ... Eu não tinha ideia da profundidade de seus pensamentos e sentimentos ... Ela tinha guardado todos esses sentimentos para si mesma ". [ 45 ] Movido por seu desejo reiterado de ser um autor, ele começou a ponderar o que seria publicado.
O diário de Frank começou como uma expressão particular de seus pensamentos, e ela escreveu várias vezes que ela nunca iria permitir que ninguém o lesse. Ela descreveu sua vida com franqueza, sua família e companheiros, e sua situação, enquanto começava a reconhecer a sua ambição de escrever ficção para publicação. Em março de 1944, ela ouviu uma transmissão de rádio por Gerrit Bolkestein, membro do governo holandês no exílio, que disse que quando a guerra terminasse, ele criaria um registro público de pessoas holandesas sob opressão da ocupação alemã. [ 46 ] Ele mencionou a publicação de cartas e diários, e Frank decidiu apresentar o seu trabalho quando chegasse a hora. Ela começou a editar sua escrita, removendo as seções e reescrevendo outras, com vista à publicação. Seu diário original foi completado por cadernos de folha suplementar e folhas soltas de papel. Ela criou pseudônimos para os membros do agregado familiar e os ajudantes. A família van Pels Hermann tornou-se, Petronella e Peter van Daan, e Fritz Pfeffer foi Albert Dussell. Nesta versão editada, ela também abordou cada entrada "Kitty", um personagem fictício Cissy van Marxveldt é ter Joop Heul romances que Anne gostava de ler. Otto Frank usou seu diário original, conhecido como "uma versão", e sua versão editada, conhecido como "versão B", para produzir a primeira versão para publicação. Ele removeu certas passagens, principalmente aquelas em que Frank critica seus pais (principalmente a mãe), e as seções que discutiam a crescente sexualidade de Frank. Apesar de ter restaurado a verdadeira identidade de sua própria família, ele manteve todos os outros pseudônimos.
Otto Frank deu o diário para a historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou, sem sucesso, a sua publicação. Ela então deu a seu marido Jan Romein, que escreveu um artigo sobre ele, intitulado "Kinderstem" ("Child's Voice A"), publicado no jornal Het Parool em 3 de abril de 1946. Ele escreveu que o diário "gaguejou na criança uma voz, personifica toda a hediondez do fascismo, muito mais do que todas as provas em Nuremberg juntas " [ 47 ] Seu artigo atraiu a atenção de editores, então o diário foi publicada na Holanda, como Het Achterhuis em 1947, [ 48 ] seguido por uma segunda edição ocorrida em 1950.
Foi publicado pela primeira vez na Alemanha e na França em 1950, e após ser rejeitado por várias editoras, foi publicado pela primeira vez no Reino Unido em 1952. O primeira edição americana foi publicada em 1952 sob o título de Anne Frank: O Diário de uma menina jovem, e foi positivamente recebida. Foi bem sucedida na França, Alemanha e Estados Unidos, mas no Reino Unido, não conseguiu atrair um público e em 1953 estava fora de catálogo. Seu sucesso mais notável foi no Japão, onde recebeu elogios da crítica e vendeu mais de 100.000 cópias em sua primeira edição. No Japão, Anne Frank tornou-se rapidamente identificada como uma importante figura cultural que representou a destruição da juventude durante a guerra. [ 49 ]
Uma peça de teatro baseada no diário, por Frances Goodrich e Albert Hackett, estreou em Nova York em 5 de outubro de 1955 e, posteriormente, ganhou um Prêmio Pulitzer de Drama. Ele foi seguido pelo filme de 1959 The Diary of Anne Frank, que foi um sucesso crítico e comercial. O biógrafo, Melissa Müller, escreveu mais tarde que a dramatização ter "contribuído grandemente para a romantizar, sentimentalizar e universalizante da história de Anne." [ 50 ] Ao longo dos anos a popularidade do diário cresceu, e em muitas escolas, principalmente nos Estados Unidos, foi incluído como parte do currículo, a introdução de Anne Frank às novas gerações de leitores.
Em 1986, a Holanda do Instituto Estadual de Documentação de Guerra publicou a "Edição Crítica", do diário. Ele inclui comparações de todas as versões conhecidas, ambos editados e inéditos. Ele também inclui a discussão afirmando a sua autenticação, bem como informações adicionais históricos relacionados com a família e o seu próprio diário. [ 51 ]
Cornelis Suijk-ex-diretor da Fundação Anne Frank e presidente do Centro dos EUA para Holocaust Education Foundation, anunciou em 1999 que estava na posse de cinco páginas que tinham sido removidas por Otto Frank, do diário antes da publicação; Suijk alegou que Otto Frank deu essas páginas para ele pouco antes de sua morte em 1980. O diário de entradas ausentes conter observações críticas por Anne Frank sobre pais tensas casamento dela, e discutir a falta de Frank de afeição por sua mãe. [ 52 ] Alguns controvérsia seguiu quando Suijk reivindicou os direitos de publicação ao longo de cinco páginas e destina-se a vendê-las para arrecadar dinheiro EUA para a sua Fundação. O Instituto Holandês para a Documentação de Guerra, o proprietário formal do manuscrito, exigiu as páginas sejam entregues. Em 2000, o Ministério Holandês de Educação, Cultura e Ciência concordou em doar EUA $ 300 mil para a Fundação Suijk, e as páginas foram devolvidos em 2001. Desde então, elas foram incluídas nas novas edições do diário.

Recepção

O diário tem sido elogiado por seus méritos literários. Comentando sobre o estilo de escrita de Anne Frank, o dramaturgo Meyer Levin elogiou Frank para "manter a tensão de uma construído romance bem", [ 53 ] e ficou tão impressionado com a qualidade do seu trabalho que ele colaborou com a Otto Frank em uma dramatização do Diário logo após a sua publicação. [ 54 ] Meyer ficou obcecado com Anne Frank, que ele escreveu em sua autobiografia sobre a obsessão. O poeta John Berryman escreveu que era uma representação única, não apenas da adolescência, mas de "conversão de uma criança em uma pessoa como ela está acontecendo de forma precisa, econômica, estilo confiante impressionante em sua honestidade." [ 55 ]
Em sua introdução para a primeira edição do diário americano, Eleanor Roosevelt descreveu-o como "um dos mais comoventes e mais sábios comentários sobre a guerra e seu impacto sobre os seres humanos que eu já li." [ 56 ] John F. Kennedy discutido Anne Frank em um discurso de 1961, e disse: "De todas as multidões que ao longo da história têm falado da dignidade humana em tempos de grande sofrimento e perda, nenhuma voz é mais atraente do que a de Anne Frank". [ 57 ] No mesmo ano, a União Soviética escritor Ilya Ehrenburg escreveu sobre ela: "A voz fala por milhões de voz de não seis, um sábio ou um poeta, mas de uma simples menina. pequenino" [ 58 ]
Como Frank estatura Anne tanto como escritor e humanista tem crescido, ela tem sido discutido especificamente como um símbolo do Holocausto e, mais amplamente, como representante da perseguição. [ 59 ] Hillary Rodham Clinton , em seu discurso de aceitação de um Wiesel Humanitarian Award Elie em 1994, lidos Frank O diário de Anne e falou de seu "despertar-nos para a loucura da indiferença e do preço terrível que leva em nossos jovens", que Clinton relacionado a eventos contemporâneos em Sarajevo , Somália e Ruanda . [ 60 ] Depois de receber uma prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em 1994, Nelson Mandela enviou uma multidão em Johannesburgo , dizendo que ele tinha lido o diário de Anne Frank ao mesmo tempo na prisão e "derivados de muito incentivo dele." Ele comparou sua luta contra o nazismo de sua luta contra o apartheid , traçando um paralelo entre as duas filosofias com o comentário "porque estas crenças são patentemente falsas, e porque eles foram e sempre serão, desafiados por gente como Anne Frank, eles são fadada ao fracasso. " [ 61 ] Também em 1994, Václav Havel disse: "Frank é o legado de Anne está muito viva e pode dirigir-nos totalmente" em relação ao social e mudanças políticas que ocorrem no momento no antigo bloco dos países de Leste. [ 57 ]
Primo Levi sugeriu Anne Frank é frequentemente identificado como um único representante de milhões de pessoas que sofreram e morreram, como fez, porque, "Um único Anne Frank nos move mais do que os inúmeros outros que sofreram como ela fez, mas cujas faces permaneceram em sombras. Talvez o que é melhor assim, fomos capazes de assumir, em todos os que sofrem de todas as pessoas, nós não seria capaz de viver. se " [ 57 ] Em sua mensagem de encerramento de Melissa Müller, a biografia de Anne Frank, Miep Gies expressa um pensamento semelhante, embora ela tentou desfazer o que ela sentiu foi um equívoco crescente de que a "Anne simboliza a seis milhões de vítimas do Holocausto", escrevendo: "a vida de Anne e morte eram seus individual próprio destino, um destino individual que aconteceu seis milhões de vezes. Anne não pode, nem deve, estar para muitos indivíduos que os nazistas roubaram de suas vidas ... Mas o seu destino nos ajuda a compreender a imensa perda, o mundo sofreu por causa do Holocausto ". [ 62 ] Otto Frank passou o resto de sua vida como guardião da filha, o legado de seu, dizendo: "É um papel estranho. No relacionamento familiar normal, é o filho do pai famoso, que tem a honra e o encargo de continuar a tarefa. Em meu caso o papel se inverte. " Ele também lembrou de seu editor explicando porque ele pensou que o diário tem sido tão amplamente lido, com o comentário ", ele disse que o diário engloba muitas áreas de modo de vida que cada leitor pode encontrar algo que se move-lo pessoalmente." [ 63 ] Simon Wiesenthal mais tarde expressou uma opinião semelhante quando disse que Frank O diário de Anne tinha levantado generalizada consciência mais do Holocausto do que tinha sido alcançado durante o Julgamento de Nuremberg, porque "as pessoas identificadas com essa criança. Este foi o impacto do Holocausto, era uma família como minha família, como sua família e para que você possa entender isso. " [ 64 ]
Em junho de 1999, Time Magazine publicou uma edição especial intitulada " Time 100: As Pessoas Mais Importantes do Século ". Anne Frank foi selecionado como um dos "Heróis e Ícones", e o escritor, Roger Rosenblatt, descreveu o seu legado com o comentário: "As paixões da inflama livro sugerem que todo mundo é dono de Anne Frank, que tem subido acima do Holocausto, o Judaísmo, infância e até mesmo a bondade e se tornar uma figura totêmica da moderna a moral individual mente mundo atormentado pela máquina de destruição, insistindo no direito de viver e de perguntas e esperança para o futuro dos seres humanos. " Ele também observa enquanto sua coragem e pragmatismo são admirados, é sua capacidade de analisar a si mesma e da qualidade de sua escrita são os principais componentes do seu recurso. Ele escreve: "A razão para sua imortalidade era basicamente literária. Ela era uma boa escritora, extraordinariamente, para qualquer idade, e pela qualidade do seu trabalho parecia ser um resultado direto de uma disposição brutalmente honesto."

Contestações e disputas judiciais

Depois que o diário se tornou amplamente conhecido na década de 1950, várias acusações contra o diário foram publicadas, com as primeiras críticas publicadas ocorrendo na Suécia e na Noruega. As alegações da revista sueca nazista ord Fria (livre de palavras), em 1957, veio do autor dinamarquês e crítico de Harald Nielsen, que escreveu artigos anti-semitas sobre o dinamarquês autor judeu- Georg Brandes já no início do século XX. [ 66 ] Entre as acusações estava a alegação de que o diário havia sido escrito por Meyer Levin, [ 67 ] e que Anne Frank não tinha realmente existido.
Em 1958, Simon Wiesenthal foi desafiado por um grupo de manifestantes em um desempenho de O Diário de Anne Frank, em Viena, que afirmou que Anne Frank nunca tivesse existido, e que desafiou Wiesenthal para provar a sua existência por encontrar o homem que a prendeu. Ele começou a procurar por Karl Silberbauer e encontrou-o em 1963. Quando entrevistado, Silberbauer admitiu seu papel, e identificados de Anne Frank a partir de uma fotografia como uma das pessoas presas. Ele forneceu um relato completo dos acontecimentos e recordou esvaziar uma pasta cheia de papéis para o chão. Sua afirmação corroborou a versão dos fatos que haviam sido apresentadas pelas testemunhas como Otto Frank. [ 68 ]
Os opositores ao diário continuaram a manifestar a opinião de que não foi escrito por uma criança, mas tinha sido criado como propaganda pró-judaica, com Otto Frank acusado de fraude. Em 1959, Frank tomou medidas legais em Lübeck contra Lothar Stielau, um professor e ex-Juventude Hitlerista membro que publicou um documento da escola que descreveu o diário como uma falsificação. A denúncia foi estendida para incluir Buddegerg Heinrich, que escreveu uma carta de apoio a Stielau, que foi publicada em um jornal de Lübeck. O tribunal analisou o diário, e, em 1960, autenticada a caligrafia como correspondência que, em cartas conhecido por ter sido escrito por Anne Frank, e declarou o diário para ser verdadeira. Stielau voltou atrás em sua declaração anterior, e Otto Frank não levar o caso adiante. [ 67 ]
Em 1976, Otto Frank moveu ação contra Heinz Roth, em Frankfurt, que publicou panfletos informando que o diário era uma falsificação. O juiz determinou que, se ele publicou novas declarações que ele estaria sujeito a uma multa de 500.000 marcos alemães e um mês de prisão e seis sentença. Roth recorreu contra a decisão do tribunal e morreu em 1978, um ano antes de sua apelação foi rejeitada. [ 67 ]
Otto Frank montado um processo ainda em 1976 contra Ernst Römer, que distribuiu um panfleto intitulado "O Diário de Anne Frank, Bestseller, uma mentira". Quando um outro homem chamado Edgar Geiss distribuído o panfleto mesmo no tribunal, ele também foi processado. Römer foi multado em 1.500 marcos, [ 67 ] e Geiss foi condenado a seis meses de prisão. No recurso, a sentença foi reduzida, mas o processo contra ele foi abandonado na sequência de um recurso interposto porque a limitação legal por difamação tinha expirado. [ 69 ]
Com a morte de Otto Frank em 1980, o diário original, incluindo cartas e folhas soltas, foram quis o Instituto Holandês para a Documentação de Guerra, [ 70 ], que encomendou um estudo forense do diário através do Ministério da Justiça neerlandês em 1986. Eles examinaram a escrita contra exemplos mais conhecidos e descobriu que eles correspondiam, e determinou que o papel, cola e tinta foram prontamente disponíveis durante o tempo que o diário foi dito ter sido escrito. A sua determinação final foi que o diário é autêntica, e seus resultados foram publicados em que se tornou conhecido como a "edição crítica" do diário. Em 23 de Março de 1990, a Hamburg Tribunal Regional confirmou a sua autenticidade. [ 51 ]
Em 1991, os negadores do Holocausto Robert Faurisson e Siegfried Verbeke produziram um livreto intitulado " O Diário de Anne Frank: Uma Abordagem Crítica. Alegaram que Otto Frank escreveu o diário, com base em afirmações de que o diário continha várias contradições, que se escondendo nas Achterhuis teria sido impossível, e que a prosa de estilo e escrita de Anne Frank não eram os de um adolescente. [ 71 ]
A Casa de Anne Frank em Amsterdã e os Fundos de Anne Frank na Basiléia promoveu um terno da lei civil, em dezembro de 1993, para proibir a distribuição adicional de O Diário de Anne Frank: uma abordagem crítica nos Países Baixos. Em 9 de dezembro de 1998, o Tribunal Distrital de Amesterdã decidiu em favor dos requerentes, proibiu qualquer negação posterior da autenticidade do diário e não solicitadas de distribuição de publicações neste sentido, e impôs uma multa de 25 mil florins por infracção.

Legado

Em 3 de Maio de 1957, um grupo de cidadãos, incluindo Otto Frank, estabeleceram o Anne Frank Stichting em um esforço para resgatar a construção de Prinsengracht da demolição e torná-lo acessível ao público. A Casa de Anne Frank inaugurada em 3 de maio de 1960. Trata-se do armazém e escritórios Opekta e Achterhuis, todos sem mobília, para que os visitantes possam andar livremente pelas salas. Algumas relíquias pessoais dos antigos ocupantes permaneceram, como estrelas de cinema, fotografias coladas por Anne em uma parede, uma seção de papel de parede em que Otto Frank marcou o auge de suas filhas crescendo, e um mapa na parede onde ele gravou o avanço das Forças Aliadas, todos agora protegidos por trás de Perspex folhas. A partir da pequena sala que já foi o lar de Peter van Pels, uma passarela liga o edifício com os seus vizinhos, também comprado pela Fundação. Estes edifícios são utilizados outros para a casa do diário, bem como alterar as exibições que diferentes aspectos crônicos do Holocausto e exames mais contemporâneos de intolerância racial em várias partes do mundo. Tornou-se uma das principais atracções turísticas de Amesterdã, e em 2005 recebeu um recorde de 965.000 visitantes. A casa fornece informações através da Internet, bem como exposições itinerantes, para quem não pode visitar. Em 2005, viajou para exposições de 32 países na Europa, Ásia, América do Norte e América do Sul.
Em 1963, Otto Frank e sua segunda esposa, Elfriede Geiringer-Markovits, criaram o Fundo Anne Frank como uma fundação sem fins lucrativos, com sede em Basiléia, Suíça. O Fundo arrecada dinheiro para doar para causas ", como lhe aprouver". Após a sua morte, Otto quisesse diário de direitos autorais até o Fonds, na disposição que os primeiros 80 mil francos suíços de renda a cada ano eram para ser distribuídso aos seus herdeiros, e toda a renda acima desse valor deveria ser retida pelo Fundo para usar quaisquer projetos de seus administradores considerados dignos. O país fornece fundos para o tratamento médico dos Justos entre as Nações, numa base anual. Tem objetivo de educar os jovens contra o racismo e a emprestou alguns dos papéis Anne Frank para o Estados Unidos Museu Memorial do Holocausto em Washington, DC, para uma exposição em 2003. O relatório anual do mesmo ano deu alguma indicação de seu esforço para contribuir em um nível global, com o seu apoio a projetos na Alemanha, Israel, Índia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
O apartamento Merwedeplein, em que a família Frank viveu de 1933 até 1942, manteve-se de propriedade privada, até a primeira década do século XXI, quando um documentário da televisão chamou a atenção do público sobre ela. Em um estado grave de degradação, foi comprado por uma empresa holandesa de habitação, e auxiliada por fotografias tiradas pela família Frank e descrições dos apartamentos e mobiliário em cartas escritas por Anne Frank, foi restaurada a sua aparência de 1930. Teresien da Silva, da Casa de Anne Frank e Anne Frank é primo Bernhard "Buddy" Elias também contribuiu para o projeto de restauração. Foi inaugurado em 2005 com o objetivo de proporcionar um local de refúgio para um escritor selecionado que é incapaz de escrever livremente no seu próprio país. Cada autor selecionado é permitido um ano de arrendamento durante os quais a residir e trabalhar no apartamento. O primeiro escritor escolhido foi o argelino romancista e poeta, El-Mahdi Acherchour .
Em junho de 2007, "Buddy" Elias doou cerca de 25.000 documentos da família para a Casa de Anne Frank. Entre os artefatos são fotografias da família Frank tomadas na Alemanha e Holanda, e a carta de Otto Frank enviou a sua mãe em 1945, informando-lhe que sua esposa e filhas tinham morrido em campos de concentração nazista.
Em novembro de 2007, a árvore de Anne Frank foi programado para ser cortada para evitar que ele caia em um dos prédios ao redor, depois de uma doença fúngica afetou o tronco do castanheiro de cavalo. Economista holandês Arnold Heertje, que também estava na clandestinidade durante a Segunda Guerra Mundial, [ carece de fontes? ] disse sobre a árvore: "Este não é apenas qualquer árvore judeus. A árvore de Anne Frank está ligada com a perseguição dos". [ 75 ] A Fundação Árvore, um grupo de ambientalistas da árvore, começou um processo civil a fim de impedir a derrubada da castanheira, que recebeu atenção da mídia internacional. Um tribunal holandês condenou a prefeitura e ambientalistas para explorar alternativas e chegar a uma solução. [ 76 ] As partes concordaram em criar uma estrutura de aço que seriam supostamente prolongar a vida da árvore de até 15 anos. [ 75 ] No entanto, foi apenas três anos até que ventos fortes sopraram para baixo da árvore, em 23 de agosto de 2010. [ 77 ]
Ao longo dos anos, vários filmes sobre Anne Frank apareceu e sua vida e escritos inspiraram um grupo diversificado de artistas e estudiosos do comportamento social para fazer referência a ela na literatura, música popular, a televisão e outras formas de mídia. Estes incluem a Anne Frank Ballet por Adam Darius, [ 78 ] pela primeira vez em 1959, e a obra coral Annelies, pela primeira vez em 2005. [ carece de fontes? ] O mais conhecido filme só do real Anne Frank vem de um 1941 filme mudo gravado para seu recém-casado, vizinho ao lado. Ela é vista inclinada para fora de uma janela do segundo andar em uma tentativa de ver a noiva e o noivo melhor. O casal sobreviveu à guerra e deu ao filme a Casa de Anne Frank, um museu em Amsterdã. [ 79 ]
Em 1999, a Hora chamada Anne Frank entre os heróis e ícones do século XX em sua lista de Pessoas Importantes A maior parte do século, afirmando: "Com um diário mantido em um sótão secreto, ela enfrentou os nazistas e emprestou a voz para o searing luta pela dignidade humana ". [ 80 ] Philip Roth chamou o "perdeu a filhinha" de Kafka

Ocupação da Holanda

Em maio de 1940, a Alemanha nazista invadiu e ocupou a Holanda. Sob a ocupação nazista, os judeus que viviam na Holanda passaram a ser alvo de leis segregacionistas. Crianças judias ficaram proibidas de estudar nas mesmas escolas onde estudavam crianças não-judias. Por causa dessa proibição, Anne e Margot tiveram que ser transferidas das escolas onde estudavam para um colégio judaico.
No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos, Anne Frank ganhou de presente de seu pai um livro. Esse livro era o mesmo que estava na vitrina de uma loja em que ela e o pai passaram e que havia lhe chamado a atenção. Embora fosse um livro para autógrafos, Anne começou a usá-lo como diário quase que imediatamente.
Nele, a jovem começou a registrar fatos corriqueiros na vida de qualquer adolescente. Pouco a pouco, Anne começou a registrar com frequência cada vez maior as dificuldades enfrentadas pelos judeus por causa da ocupação nazista.
Otto Frank foi o único membro da família que sobreviveu e voltou para a Holanda. Ao ser libertado, soube que a esposa havia morrido e que as filhas haviam sido transferidas para Bergen-Belsen. Ele ainda tinha esperança de reencontrar as filhas vivas.
Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot. Foi então que Miep Gies entregou para 
Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou sem sucesso publicá-lo. Ela o mostrou ao marido, o jornalista Jan Romein, que escreveu um texto sobre o diário de Anne.
 O diário foi finalmente publicado pela primeira vez em 1947.
A obra teve tal sucesso, que os editores lançaram uma segunda tiragem em 1950. O "Diário de Anne Frank" foi traduzido para diversas línguas, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O livro que começou como um simples diário de adolescente transformou-se num comovente testemunho do terror nazista

Auschwitz

Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Mais do que um campo de concentração, era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todos aqueles que fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados dos demais para serem exterminados de imediato.
Dos 1.019 prisioneiros transportados no trem que trouxe Anne Frank, 549 (incluindo crianças) foram separados dos demais para serem mortos nas câmaras de gás. Mulheres e homens eram separados. Assim, Otto Frank perdeu contato com a esposa e as filhas.
Junto com as outras prisioneiras selecionadas para o trabalho forçado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser "desinfetada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças. Anne teve sua pele vitimada pela sarna.
No dia 28 de outubro, Anne, Margot e a senhora van Pels foram transferidas para um outro campo, localizado em Bergen-Belsen, na Alemanha. A mãe, Edith, foi deixada para trás, permanecendo em Auschwitiz. Em março de 1945, uma epidemia de tifo se espalhou pelo campo de Bergen-Belsen.
Estima-se que cerca de 17 mil pessoas morreram por causa da doença. Entre as vítimas estavam Margot e Anne, que morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de sua irmã ter morrido. Seus corpos foram jogados numa pilha de cadáveres e então cremados.

Vida clandestina

Essas pessoas mantinham os Frank informados com notícias da guerra e da perseguição dos nazistas aos judeus. Também os ajudavam trazendo comida que compravam no "mercado negro", tarefa que foi se tornando cada vez mais difícil e arriscada com o tempo. Os cidadãos não-judeus que ajudavam judeus a se esconderem corriam o risco de ser executados imediatamente pelos nazistas caso fossem descobertos.
No final de julho daquele ano, outros judeus buscaram abrigo no mesmo esconderijo: a família van Pels, que era composta por Hermann, o sócio de Otto Frank, sua esposa, Auguste, e o filho Peter, um jovem de 16 anos.
No começo, Anne não se interessou pelo tímido Peter por achá-lo desajeitado demais, mas depois mudou de opinião e ambos iniciaram um romance. Em novembro, um amigo judeu da família de Anne também passou a morar no esconderijo: o dentista Fritz Pfeffer. Como era de se esperar, com tantas pessoas vivendo juntas e em condições precárias, problemas de convivência começaram a surgir. Para piorar, estava cada vez mais difícil conseguir comida.
Anne passava a maior parte do tempo escrevendo seu diário ou estudando. Todo dia, logo após o almoço, ela fazia atividades de matemática, línguas, história e outras matérias.
Na manhã de 4 de agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado. Todos os refugiados foram colocados em caminhões e levados para interrogatório. Victor Kugler e Johannes Kleiman também foram presos, ao contrário de Miep Gies e Bep Voskuijl, que foram liberados.
Esses últimos voltaram ao esconderijo onde encontraram os papéis de Anne espalhados no chão e diversos álbuns com fotografias da família. Eles reuniram esse material e o guardaram na esperança de devolver a Anne depois que a guerra terminasse, o que nunca aconteceu.




 




 


 





quarta-feira, 18 de julho de 2012

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A História do Facebook

O maior website de relacionamentos do mundo foi lançado em fevereiro de 2004 por um grupo de jovens universitários da Havard. A plataforma, inicialmente, era apenas disponível aos estudantes da própria Universidade. Assim que começou a funcionar, o chamado The Facebook, teve 22 mil acessos em apenas 2 horas. Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes são os fundadores desta rede que mais cresce no mundo nos últimos anos.

A história do Facebook se popularizou no filme "A Rede Social" (The Social Network). A idéia dos jovens era criar um website de relacionamento onde a experiência social dos colegas universitários acontecesse online. Compartilhar fotos, dizer o que achou da última festa, convidar alguém para sair, ter um espaço virtual para interagir com os amigos, conhecer novas pessoas. Este era basicamente o Facebook. Na página oficial, a rede é apresentada como um espaço que "ajuda as pessoas a se comunicarem com mais eficiência aos seus amigos, familiares e colegas de trabalho."

O acesso ao Facebook aos poucos foi crescendo entre as universidades americanas. Os jovens ligados as Universidades eram convidados a ingressar. Em poucos meses, o website era o mais acessado entre várias Instituições. Em menos de um ano já tinha 1 milhão de usuários ativos. Em pouco mais de um ano, já era acessado por estudantes de mais de 800 Universidades. Em 2005, o acesso foi expandido a escolas internacionais. E no início de 2006, algumas empresas e estudantes de ensino médio também começaram a ser aceitos. Em setembro deste mesmo ano, o Facebook foi aberto para quem quisesse se registrar.

Aquecimento Global

O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.

O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.

domingo, 8 de abril de 2012

unhas?

Dá para dizer que a unha é pouco mais que um cemitério de células: o tecido que a compõe é formado por células que morrem debaixo da pele dos dedos e são continuamente empurradas por novas camadas que não param de ser produzidas. No caminho rumo à ponta do dedo, as células defuntas ganham doses de queratina e outras proteínas, que fortalecem as unhas e dão a elas o aspecto de lâmina. Ironicamente, a unha, um tecido morto, continua crescendo após a morte do seu dono! Isso ocorre porque a matriz das células - algo como o "berçário" das células de unha - usa pouquíssima energia para produzi-las. Quando o sujeito passa desta para melhor, a energia acumulada em vida garante a produção durante alguns dias póstumos. Mas para que servem essas "mortas-vivas"? "As unhas protegem os dedos dos pés e das mãos e exercem um papel significativo na sensibilidade dos dedos", diz o dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. Entretanto, nem sempre elas tiveram essas funções: nossos ancestrais peludos e selvagens usavam as unhas como garras, um mecanismo de ataque e defesa. Com o passar do tempo, elas ficaram fininhas e passaram a cobrir apenas a parte de cima dos dedos, uma transformação que facilitou a manipulação de objetos e os trabalhos de precisão. Claro que, para não prejudicar essas habilidades, é necessário dar aquela cortadinha básica nas unhas de vez em quando. Por mês, elas crescem cerca de 3 milímetros nos dedos da mão e 1 milímetro nos dos pés. Mas cuidado: é bom cortá-las com uma tesoura e não com os dentes. "Quando se engolem fragmentos de unha, eles vão se acumulando no intestino e podem chegar até a perfurar o apêndice",

Signos

■Capricórnio: De 20 Janeiro a 16 Fevereiro
■Aquário: De 16 Fevereiro a 11 Março
■Peixes: De 11 Março a 18 Abril
■Carneiro: De 18 Abril a 13 Maio
■Touro: De 13 Maio a 21 Junho
■Gémeos: De 21 Junho a 20 Julho
■Caranguejo: De 20 Julho a 10 Agosto
■Leão: De 10 Agosto a 16 Setembro
■Virgem: De 16 Setembro a 30 Outubro
■Balança: De 30 de Outubro a 23 Novembro
■Escorpião: De 23 a 29 Novembro
■Serpentário: De 29 Novembro a 17 Dezembro (novo signo do Zodíaco)
■Sagitário: De 17 Dezembro a 20 Janeiro

O significado da Páscoa...

O significado da Páscoa...
 
A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Nossos amigos de Kidlink nos contaram como se escreve "Feliz Páscoa" em diferentes idiomas. Assim:
wpe1.jpg (25964 bytes)
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!
 
aeggs.gif (448 bytes) Vamos ver agora como surgiu o chocolate...

Quem sabe o que é "Theobroma"? Pois este é o nome dado pelos gregos ao "alimento dos deuses", o chocolate. "Theobroma cacao" é o nome científico dessa gostosura chamada chocolate. Quem o batizou assim foi o botânico sueco Linneu, em 1753.
Mas foi com os Maias e os Astecas que essa história toda começou.
O chocolate era considerado sagrado por essas duas civilizações, tal qual o ouro.
Na Europa chegou por volta do século XVI, tornando rapidamente popular aquela mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. Vale lembrar que o chocolate foi consumido, em grande parte de sua história, apenas como uma bebida.
Em meados do século XVI, acreditava-se que, além de possuir poderes afrodisíacos, o chocolate dava poder e vigor aos que o bebiam. Por isso, era reservado apenas aos governantes e soldados.
Aliás, além de afrodisíaco, o chocolate já foi considerado um pecado, remédio, ora sagrado, ora alimento profano. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda, tal o valor que o alimento possuía.
Chega o século XX, e os bombons e os ovos de Páscoa são criados, como mais uma forma de estabelecer de vez o consumo do chocolate no mundo inteiro. É tradicionalmente um presente recheado de significados. E não é só gostoso, como altamente nutritivo, um rico complemento e repositor de energia. Não é aconselhável, porém, consumí-lo isoladamente. Mas é um rico complemento e repositor de energia.
 
veggs.gif (2041 bytes) E o coelho?
A tradição do coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Uma outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antigüidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertililidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas!
 
ceggs.gif (456 bytes) Mas por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia todo ano?

O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa "móvel".
De fato, a seqüência exata de datas da Páscoa repete-se aproximadamente em 5.700.000 anos no nosso calendário Gregoriano.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Doenças geneticas

Classificação dos distúrbios genéticos:
Monogênicos: (também chamado de Mendeliano). É causado por mudanças ou mutações que acontecem na sucessão de DNA de um único gene.
Ex:
Anemia falciforme
Distrofia miotônica
Distrofia muscular de Duchene
Doença de Huntington
Doença de Tay-Sachs
Fenilcetonúria
Fibrose cística
Hemofilia A
Hipercolesterolemia familiar
Talassemia
Síndrome de Marfan
Cromossômicas: Alterações estruturais e numéricas no conjunto de cromossomo de um indivíduo.
Ex:
Síndrome de Down
Trissomias : 18 – 13 – X
Síndrome de Cri-du-chat (miado de gato)
Síndrome de Klinefelter
Síndrome de Turner
Síndrome de Wolf-Hirschhorn
Síndrome do XYY
Multifatoriais: (também chamado de complexo ou poligênico). É causado por uma combinação de fatores ambientais e mutações em genes múltiplos.
Ex:
Alzheimer
Mal formações congênitas
Cardiopatias congênitas
Certos tipos de câncer
Diabetes mellitus
Hipertensão Arterial
Obesidade
Obs.: A herança multifatorial também é associada com características de hereditariedade como padrões de impressão digital, altura, cor de olho, e cor de pele.
 
A genética é um ramo do conhecimento em rápido desenvolvimento, que oferece uma perspectiva da transmissão e do papel dos genes no funcionamento do organismo e da sua importância para os fenómenos patológicos. Relaciona-se de um modo fundamental com todos os aspectos do desenvolvimento humano e da saúde, tendo os seus avanços recentes um impacto crescente na medicina. O conhecimento da genética e suas metodologias é hoje em dia essencial para a compreensão do funcionamento do organismo e das suas doenças, bem como de um leque de métodos de diagnóstico e de terapêuticas em rápida expansão. Conhecer e compreender os nossos genes é uma etapa primordial para o tratamento de doenças que, primariamente e mesmo secundariamente, sejam decorrentes de alterações genéticas.  
 
As doenças puramente genéticas (de origem hereditária) além de serem mais numerosas do que se pensava são mais raras do que as enfermidades de origem infecciosa, degenerativas (não determinadas geneticamente mas responsáveis pela predisposição ou não do individuo a estas) e alguns tipos de cancro (todos os cancros têm uma componente genética pois derivam de mutações no DNA das células mas na maior parte das vezes dependem em grande parte da influência de factores externos para se manifestarem).
  As doenças genéticas estão tradicionalmente associadas a “sindromas”, “trissomias” ou “monossomias”, no entanto estes termos não se devem generalizar já que este tipo de patologia pode ter origens diversas, desde uma mutação genica (alteração de uma parte de um cromossoma), à ausência de um dos pares (monossomia = 1) ou a existência de um cromossoma a mais (trissomia = 3).

Uma doença genética é todo e qualquer distúrbio que afecte o material genético. Algumas características genéticas dependem não só dos genes, mas também de ambiente favorável para manifestar-se. Assim, de um modo geral, as doenças genéticas são causadas por erros inatos do metabolismo, são individualmente raras, porém, quando se consideram os 500 tipos dessas doenças em conjunto, a incidência delas é de uma para cada 2.500 recém-nascidos. Os erros inatos do metabolismo ocorrem por falta de actividade adequada de uma determinada enzima e comprometem o funcionamento do corpo, prejudicando seriamente a saúde. Óbito, retardamento mental, insuficiência renal e convulsão são algumas das consequências mais frequentes nas doenças genéticas, devido à carência de diagnóstico precoce, na maioria dos casos
 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pré-revolução Francesa

A França pré-revolucionária

A sociedade francesa anteriormente à revolução era uma sociedade moldada no Antigo Regime. Ou seja, politicamente o Estado era Absolutista (Absolutismo Monárquico), economicamente predominavam as práticas mercantilistas que sofriam com as constantes intervenções do Estado e na área social predominavam as relações de servidão uma vez que a maioria da população francesa era camponesa. Em torno de 250 milhões de pessoas viviam em condições miseráveis nos campos franceses, pagando altíssimos impostos a uma elite aristocrática que usufruía do luxo e da riqueza gerados pelo trabalho dos campesinos em propriedades latifundiárias, ou feudos, dos nobres. Nas áreas urbanas a situação não era muito diferente de quem vivia nas áreas rurais. A população urbana, composta em sua maioria por assalariados de baixa renda, desempregados (excluídos) e pequenos burgueses (profissionais liberais), também arcava com pesadíssimos impostos e com um custo de vida cada vez mais elevado. Os preços em geral dos produtos sofriam reajustes constantemente e isso pesava na renda dos trabalhadores em geral – urbanos e rurais. Já as elites, compostas por um alto clero, uma alta nobreza e, claro, a Família Real – a realeza francesa: Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta, filhos e demais parentes – vivam em palácios luxuosos – como o monumental Palácio de Versalhes, localizado nos arredores de Paris e que era a residência de veraneio da Família Real e da elite – não pagavam impostos, promoviam banquetes – às custas do dinheiro público – em suma: viviam nababescamente (do requinte, da opulência, do luxo, das mordomias,...) face a situação de miséria e pobreza da maioria da população. Veja o que demonstra a ilustração abaixo:
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A Revolução e suas Fases

No final do século XVIII a situação sócio-econômica da França era de total calamidade. Numa perspectiva de tentar resolver as situações problemas, o Monarca Luis-XVI convocou seu Ministro das finanças Necker, que estava afastado do cargo, para decidir quanto a situação de crise econômica e financeira. Por sugestão de Necker, Luis-XVI convocou, no dia 5 de maio de 1789, a Assembleia dos chamados Estados Gerais que reunia os representantes políticos do 1º. ,  2º. e 3º. Estados os quais não se reuniam desde o século XVII. O 1º. Estado era formado pelo alto clero, o 2º. Estado pela alta nobreza e o 3º. Estado, pelos deputados que representavam a maioria da população (assalariados, camponeses e pequena burguesia) – era o grupo maior, pois continha um número maior de representantes. Observe os Estados Gerais reunidos em 1789, convocados por Luis-XVI:
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Na ocasião da convocação e da reunião dos Estados Gerais, depois de abrir a sessão, Luis-XVI deu por aberta as discussões e votações para os problemas que atingiam a sociedade francesa. A questão, porém, centrava-se no sistema de votação dentro da Assembleia. Sobre a questão dos pagam e dos não pagam impostos, por exemplo, o sistema de votação favoreceu ao 1º. e ao 2º. Estados. Como? Como a votação era por Estado e não por indivíduo (individual), cada Estado tinha direito a um só voto. No caso dos impostos, votou-se contra ou a favor do 1º. e do 2º. Estados arcarem com o pagamento de impostos. Resultado: pelo sistema de votação vigente, os dois Estados permaneceram isentos da obrigação do pagamento de impostos, já que totalizou dois votos contra um. Esse modelo de votação gerou revolta por parte dos deputados do 3º. Estado que reagiram prontamente, exigindo a qualquer custo que as reuniões fossem conjuntas e não separadamente por Estados. Diante da negação, o 3º. Estado proclama-se em Assembleia Geral Nacional. O Rei, desesperado diante do atrevimento dos representantes populares, manda fechar a sala de reuniões. Mas o 3º. Estado não se deu por vencido e seus deputados se dirigiram para um salão que a nobreza utilizava para jogos. Lá mesmo fizeram uma reunião, onde ficou estabelecido que permaneceriam reunidos até que a França tivesse uma Constituição. Esse ato ficou conhecido com o nome de “O Juramento do Jogo de Pela”. Os deputados que fundaram a Assembleia NACIONAL nela juraram igualdade jurídica e direitos políticos para todos os homens comuns. Veja a seguir como ficou esse juramento simbolizado no imaginário da Revolução Francesa:
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Pela imagem percebemos que os seus integrantes se voltam para o centro onde está um orador. Possivelmente este orador é um membro de importância, pois dirige a sessão conduzindo os demais a jurarem por algo. Este algo era a CONSTITUIÇÃO na qual constariam todos os direitos políticos e jurídicos dos cidadãos. Portanto, concluindo, eles juraram pela liberdade, igualdade e fraternidade – lemas da Revolução Francesa. No dia 9 de julho de 1789, reúne-se uma Assembleia Nacional Constituinte, incumbida de elaborar uma Constituição para a França. Isso significava que o Rei deixaria de ser o senhor absoluto do reino. A burguesia francesa, por sua vez, apelou para o povo. No dia 14 de julho de 1789, toda a população parisiense avança, num movimento nunca visto, para a Bastilha, a prisão política da época, onde o responsável pela prisão, o carcereiro, foi espancado pela multidão vindo a falecer. Veja a imagem a seguir também parte do imaginário da Queda da Bastilha:
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O momento agora é dos camponeses, que percebendo a fraqueza da nobreza, invadem os castelos, executando famílias inteiras de nobres numa espécie de vingança, de uma raiva acumulada durante séculos. Avançam sobre a propriedade feudal e exigem reformas – sobretudo a Reforma Agrária. A burguesia, na Assembleia, temerosa de que as exigências chegassem também às suas propriedades, propõe que sejam extintas os direitos feudais como única saída para conter o furor revolucionário dos camponeses. A 4 de agosto de 1789, extingue-se aquilo que por muitos séculos significou a opressão sobre os camponeses: as obrigações feudais. Porém, os impostos continuaram altos, o custo de vida pouco se alterou e a França continuava em guerras externas significando despesas altas para o Estado, agora burguês. A burguesia, preocupada em estabelecer as bases teóricas de sua revolução, fez aprovar, no dia 26 de agosto do mesmo ano (1789), um documento que se tornou mundialmente famoso: A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nesse documento a burguesia francesa declarava, entre outras, quem era cidadão e não cidadão esperando que houvesse uma aceitação por parte das classes populares que ainda encontravam-se insatisfeitas com as realizações políticas e sociais daqueles que se diziam seus representantes políticos. Na realidade a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi uma forma de legitimar a  burguesia no poder político do Estado sendo ela a classe dominante, de elite. Portanto, para a burguesia a revolução estava por encerrada uma vez que seus interesses já haviam sido conquistados por ela. Era necessário impedir a radicalização do movimento revolucionário; ou seja, era necessário impedir que a revolução se tornasse popular, o que não interessava à burguesia.

1ª. Fase da Revolução: A Assembleia Nacional Constituinte – 1789-1792

Nesta fase, fundou uma Monarquia Parlamentarista, ou Constitucional. Um dos atos mais importantes da Assembleia foi o confisco dos bens do clero francês, que seriam usados como uma espécie de lastro para os bônus emitidos para superar a crise financeira. Parte do clero reage e começa a se organizar e como resposta a Assembleia decreta a Constituição Civil do Clero; isto é, o clero passa a ser funcionário do Estado, e qualquer gesto de rebeldia levaria a prisão. A situação estava muito confusa. A Assembleia não conseguia manter a disciplina e controlar o caos econômico. O Rei entra em contato com os emigrados no exterior (principalmente na Prússia e na Áustria) e começam a conspirar para invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o absolutismo. Para organizar a contra-revolução, o monarca foge da França para a Prússia, mas no caminho e reconhecido por camponeses, é preso e enviado à Paris. Na capital, os setores mais moderados da Assembleia conseguiram que o Rei permanecesse em seu posto. A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada a Constituição de 1791. Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela atuação do poder legislativo (Parlamento).
Neste poder legislativo era escolhido através do voto censitário e isso equivalia dizer que o poder continuava nas mãos de uma minoria, de uma parte privilegiada da burguesia. Resumindo, o que temos é uma Monarquia Parlamentar dominada pela alta burguesia e pela aristocracia liberal, liderada, por exemplo, pelo famoso La Fayette. É o total afastamento do povo francês que continuava sem poder de decisão. No recinto da Assembleia, sentava-se à esquerda o partido liderado por Robespierre, que se aproximava do povo: eram os Jacobinos ou Montanheses (assim chamados por se sentarem nas partes mais altas da Assembleia); ao lado, um pequeno grupo ligado aos Jacobinos, chamados Cordeliers, onde apareceram nomes como Marat, Danton, Hebert e outros; no centro, sentavam-se os constitucionalistas, defensores da alta burguesia e a nobreza liberal, grupo que mais tarde ficará conhecido pelo nome de planície; à direita, ficava um grupo que mais tarde ficará conhecido como Girondinos, defensores dos interesses da burguesia francesa e que temiam a radicalização da revolução; na extrema direita, encontram-se alguns remanecentes da aristocracia que ainda não emigrara, conhecidos por aristocratas, que pretendiam a restauração do poder absoluto.
Esta fase terminou com a radicalização do movimento revolucionário depois que Robespierre e seus seguidores agiram incitando à população a pegarem em armas e lutarem contra a Assembleia e as forças conservadoras.

2ª. Fase da Revolução: A Convenção Nacional – 1792-1794/95

Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário porque foi a etapa em que os Jacobinos, liderados por Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram representantes políticos das classes populares. Para alguns historiadores, esta etapa não predominou a ideologia burguesa, já que a burguesia não conduzia a revolução neste período. Porém, antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia chegou a proclamar uma República – a República Girondina em setembro de 1792. A república foi proclamada como um mecanismo de assegurar a burguesia seus interesses, projetos, no poder político do Estado. Como as tensões estavam exaltadas, a alta burguesia francesa decidiu tirar todo o poder político do rei Luis-XVI e transferi-lo para si (a burguesia). Desta forma caía a Monarquia na França. Em 1792, a Assembleia Legislativa aprovou uma declaração de guerra contra a Áustria. É interessante salientar que a burguesia e a aristocracia queriam a guerra por motivos diferentes. Enquanto para a burguesia a guerra seria breve e vitoriosa, para o rei e a aristocracia seria a esperança de retorno ao velho regime. Palavras de Luís XVI: "Em lugar de uma guerra civil, esta será uma guerra política" e da rainha Maria Antonieta: "Os imbecis [referia-se a burguesia]! Não vêem que nos servem". Portanto, o rei e a aristocracia não vacilaram em trair a França revolucionária. Luís XVI e Maria Antonieta foram presos, acusados de traição ao país por colaborarem com os invasores. Verdun, última defesa de Paris, foi sitiada pelos prussianos. O povo, chamado a defender a revolução, saiu às ruas e massacrou muitos partidários do Antigo Regime. Sob o comando de Danton, Robespierre e Marat, foram distribuídas armas ao povo e foi organizada a Comuna Insurrecional de Paris. As palavras de Danton ressoaram de forma marcante nos corações dos revolucionários. Disse ele: "Para vencer os inimigos, necessitamos de audácia, cada vez mais audácia, e então a França estará salva". Em  21 de Janeiro do ano seguinte, 1793, Luis-XVI foi condenado e guilhotinado na “praça da revolução” – atual Praça da Concórdia situada na avenida Champs-Élysées, em Paris – uma vez que os Jacobinos já haviam assumido a liderança do movimento revolucionário. A rainha Maria Antonieta, foi decapitada no mesmo ano só que em setembro.
A República Girondina caiu e os Jacobinos assumiram a direção política do Estado proclamando uma nova República: a República Jacobina e com ela uma nova Constituição: a Constituição de 1793. Na Constituição Jacobina continham princípios que satisfazia a população porque garantia-lhe direitos e poder de decisão. Vejamos os mais importantes pontos da nova Constituição:
  • Voto Universal ou Sufrágio Universal -  Todos os cidadãos homens maiores de idade, votam.
  • Lei do Máximo ou Lei do Preço Máximo – estabeleceu um teto máximo para preços e salários.
  • Venda de bens públicos e dos emigrados para recompor as finanças públicas.
  • Reforma Agrária – confismo de terras da nobreza emigrada e da Igreja Católica, que foram divididas em lotes menorese vendida a preços baixos para os camponeses pobres que puderam pagar num prazo de até 10 anos.
  • Extinção da Escravidão Negra nas Colônias Francesas – que acabou por motivar a Revolução Haitiana em 1794 e que durou até 1804 quando no Haiti aboliu-se a escravidão.
  • Organização dos seguintes comitês: o Comitê de Salvação Pública, formado por nove (mais tarde doze) membros e encarregado do poder executivo, e o Comité de Segurança Pública, encarregado de descobrir os suspeitos de traição.
  • Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os opositores da Revolução e geralmente os condenavam à Guilhotina.
Ressalta-se que para que os Jacobinos pudessem alacançar o poder político do Estado e assumí-lo, teve que contar com um apoio fundamental: os sans-culottes. Os sans-culottes eram indivíduos populares – normalmente desempregados e assalariados, a plebe urbana – que eram identificados pelo frígio, ou barrete, vermelho que usavam sobre suas cabeças. Veja a ilustração:
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Os sans-culottes acabaram por se tranformar em uma força motora da revolução. Isto é, como era formado por uma massa de indivíduos, graças as ações violentas dos mesmos que os Jacobinos, ligados a eles, chegaram ao poder. Definitivamente os sans-culottes tiveram um papel fundamental no processo revolcionário francês já que correspondiam as aspirações populares.
Porém, mesmo com o apoio dos sans-culottes e estando na direção política do Estado realizando determinadas reformas políticas e sociais significativas, os Jacobinos não duraram muito no poder devido ao que implantaram durante sua República – a Era do Terror. Robespierre, líder supremo dos Jacobinos, decidiu implantar a Era do Terror. Mas o que significou isso? Significou que era necessário agir de modo ditatorial para alcançar um governo democrático e assegurar as conquistas instituídas pelas reformas que se realizavam. Para tais fins teve que Robespierre impor o poder do Estado sobre a população e condenar todos os que eram considerados suspeitos de traição à Guilhotina. Foi o período em que a Guilhotina foi mais usada. Até mesmo líderes Jacobinos próximos a Robespierre, como Danton por exemplo, foram guilhotinados. O excesso de terror fez com que os Girondinos articulassem um Golpe de Estado – o golpe “9 do Termidor” – e derrubassem  com a República Jacobina, guilhotinando inclusive Robespierre. Iniciava-se a terceira fase revolucionária.

3ª. Fase da Revolução: o Diretório – 1795-1799 / A Era Napoleônica-1799-1815

Conhecido como Reação Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta burguesia financeira, que marcou o fim da participação popular no movimento revolucionário, em compensação os estabelecimentos comerciais cresciam, porque as ações burguesas anteriores haviam eliminado os empecilhos feudais. O novo governo, denominado Diretório (1795-1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime. O Poder Executivo foi concedito ao Diretório, e uma comissão formada por cinco diretores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia enfrentou a reação dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a alcançar a igualdade efetiva entre os homens, que segundo Graco, a única maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A revolta foi esmagada pelo Diretório, que decretou pena de morte a todos os participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.
O governo não era respeitado pelas outras camadas sociais. Os burgueses mais lúcidos e influentes perceberam que com o Diretório não teriam condição de resistir aos inimigos externos e internos e manter o poder. Eles acreditavam na necessidade de uma ditadura militar, uma espada salvadora, para manter a ordem, a paz, o poder e os lucros. A figura que sobressai no fim do período é a de Napoleão Bonaparte. Ele era o general francês mais popular e famoso da época. Quando estourou a revolução, era apenas um simples tenente e, como os oficiais oriundos da nobreza abandonaram o exército revolucionário ou dele foram demitidos, fez uma carreira rápida. Aos 24 anos já era general de brigada. Após um breve período de entusiasmo pelos Jacobinos, chegando até mesmo a ser amigo dos familiares de Robespierre, afastou-se deles quando estavam sendo depostos. Lutou na Revolução contra os países absolutistas que invadiram a França e foi responsável pelo sufocamento do golpe de 1795.
Enviado ao Egito para tentar interferir nos negócios do império inglês, o exército de Napoleão foi cercado pela marinha britânica nesse país, então sobre tutela inglesa. Napoleão abandonou seus soldados e, com alguns generais fiéis, retornou à França, onde, com apoio de dois diretores e de toda a grande burguesia, suprimiu o Diretório e instaurou o Consulado, dando início ao período napoleônico com o golpe de Estado conhecido por “18 de Brumário”. Com o golpe Napoleão foi adquirindo poderes políticos  até que em 6 de maio de 1804 foi consagrado Imperador com o título de Napoleão Bonaparte-I governando até 1814, quando caiu do poder e foi exilado. Durante seu governo Napoleão não só estendeu com as fronteiras francesas por meio de guerras, como realizou diversas reformas políticas e sociais, sempre em nome dos interesses burgueses, instituindo o código civil, reformando o sistema educacional e adotando o estilo artistico neo-clássico como modelo arquitetônico que servia de veículo de propaganda para as dimensões de seu poder político e para a alta burguesia em seu estilo de vida.