O aquecimento global é uma consequência das alterações
climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento
da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel
Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações
Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com
aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode
parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de
uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários
desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma
parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um
processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de
transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial
para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse
fenômeno.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são
relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa
através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como
petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias
produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido
nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como
se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo
causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma
significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a
constante impermeabilização do solo.
O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo
especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos
anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área
sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do
mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes
recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a
capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode
desaparecer nas próximas décadas.
Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países
assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações
desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que
provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de
1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012.
Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja
atingida, o principal é os Estados Unidos.
Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são
respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão,
Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.